PSDB, DEM, PPS e Solidariedade lançaram um painel para coletar as assinaturas e dar publicidade ao nome de quem apoia o afastamento da presidente.
Líderes de quatro partidos de oposição – PSDB, DEM, PPS e Solidariedade – lançaram um painel, nessa quarta-feira, para coletar assinaturas de parlamentares favoráveis ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A ideia, segundo o líder da Minoria, deputado Bruno Araújo, do PSDB de Pernambuco, é dar publicidade ao nome de quem apoia o afastamento da presidente e também pressionar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a decidir sobre os pedidos de impeachment:
“Agora cabe à sociedade brasileira cobrar do seu parlamentar a sua posição clara, transparente e objetiva sobre a abertura ou não do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.”
O vice-líder do governo, Hugo Leal, do PROS do Rio de Janeiro, minimizou o ato:
“Apontamentos, painéis de quem vota contra, a favor, isso já aconteceu com vários outros temas e quem está aqui sabe que está sujeito a ter seu nome lançado se for a favor ou contra algum tema. Isso não pode assustar e nem deve ser motivo de temor para nenhum parlamentar.”
A ideia inicial da oposição era manter o painel no Salão Verde, mas um ato da Mesa proíbe isso. Deputados petistas recorreram ao presidente, que disse ter dado ordem à Polícia da Câmara para retirar o painel. Houve, então, bate-boca e quase briga entre manifestantes favoráveis e contrários ao impeachment.
O caso foi registrado pela Polícia da Câmara e, segundo o presidente Eduardo Cunha, será investigado:
“Vamos instaurar sindicância devida para apurar os fatos e as imagens e, certamente, quem cometeu o ato de violência vai responder pela sua sindicância, suas agressões. Se for funcionário de quem quer que seja, vai ser punido. Talvez até possa vir a ser demitido.”
Durante entrevista coletiva no Salão Verde, o presidente também foi alvo de protesto. Um manifestante arremessou sobre Eduardo Cunha notas que imitavam dólares. O manifestante foi detido pela Polícia Legislativa. Em Plenário, o presidente disse que também irá tomar providências sobre a agressão que sofreu.
