Em entrevista ao jornal Straatnieuws, o Papa Francisco afirmou que sempre jogou futebol em um pequeno campo na rua onde morava, mas muitas vezes pegava a bola com a mão ao invés de chutá-la. “Frequentemente, eu era goleiro”, disse. “Em Buenos Aires, os que jogavam como eu eram chamados de ‘pata dura’, o que significa que você tinha dois pés esquerdos”.
Isso corrobora uma das histórias do livro “O Papa Que Ama o Futebol”, de Michael Part, que transita entre a infância de Jorge Bergoglio, da chegada dos pais à Argentina, ao primeiro jogo do San Lorenzo, às peladas com os amigos, ao primeiro amor do adolescente, que ele trocou por uma vida dedicada a Deus. Ao mesmo tempo em que conta um pouco dos bastidores do dia em que o religioso foi eleito o líder da Igreja Católica.
Em certa feita, Jorgito acertou a vidraça de um dos vizinhos, e enquanto todos corriam, ele ficou parado esperando para levar a bronca do homem que teria que trocar uma das suas janelas. “Por que não fugiu feito um coelho assustado como os outros meninos?”, ele perguntou. “Se eu fugisse, o senhor não saberia quem foi. Mas eu saberia. E eu já me confessei essa semana”. Jorgito compensava a falta de qualidade técnica com um bom entendimento de como funcionava o jogo, segundo o autor.
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