A greve dos caminhoneiros que está programada para segunda-feira (9) poderá ser o início de uma crise sem precedentes no País. A política econômica adotada pelo governo federal não está sendo suficiente para superar revolta no setor, que é mundial e as perspectivas não são animadoras, ao contrário.
Clique aqui e acompanhe mais informações sobre a greve do caminhoneiros
O Brasil é totalmente dependente do transporte rodoviário. Mesmo em estados mais avançados, onde o transporte ferroviário é forte, como em São Paulo, onde há as companhias Paulista, Noroeste, Sorocabana, além de outras, quase a totalidade do transporte é feito pelo sistema rodoviário.
A anunciada paralisação, caso realmente seja concretizada provocará uma situação das mais complicadas para todos os segmentos da população. O maior problema, com certeza será o desabastecimento.
Nenhum Estado brasileiro está preparado técnica e comercialmente para enfrentar e superar a situação. Em curto espaço de tempo faltarão alimentos básicos e o brasileiro não está em condições de controlar e superar as inúmeras dificuldades que surgirão.
Apesar de os caminhoneiros anunciarem com antecedência a paralisação da categoria o governo federal pouca importância deu ao caso. Energia elétrica, gás de cozinha, combustível tiveram aumentos consideráveis. O salário, o rendimento econômico da família, não.
O aumento do preço do combustível é um sério agravante para fomentar o movimento paredista. Enquanto nos demais países o petróleo está em baixa, no Brasil o combustível alcança patamares totalmente fora da realidade econômica da população.
A ação política e a tentativa de mobilizar os segmentos organizados para um impeachment não sensibilizou a maioria da população, mas certamente a paralisação dos caminhoneiros será uma arma letal para desestabilizar o governo. O arrocho tributário fortalecido pela alta do combustível com reflexos diretos na cesta básica atingindo a maioria da população são as molas propulsoras dos movimentos de indignação, como o programado para segunda-feira.
O momento é preocupante e exige muita prudência e responsabilidade dos governantes federais. O povo está acuado, descapitalizado, preocupado e praticamente sem visão – positiva – do futuro. É necessário o máximo de cuidado, pois o momento é muito delicado, sensível com fortes indícios de mobilização social imprevisível.
Autor e Fonte: WC e rondoniadinamica