Há quase três meses com as atividades paralisadas, os médicos peritos do Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS) não têm previsão de retorno ao trabalho, por conta da falta de negociação junto ao Governo Federal. Uma das principais reivindicações da categoria é a realização de concurso público. Em Sergipe, são 31 médicos para atender à demanda.
“Nós entramos em greve no último dia 4 de setembro, mas estamos mantendo um pouco mais do que o efetivo mínimo de 30% exigido por lei, o problema é que somos apenas 31 profissionais em atividades em Sergipe, por conta de alguns colegas terem se aposentado, o que já estava fazendo com que antes mesmo da greve, as perícias fossem agendadas”, explica o delegado da Associação Nacional dos Peritos em Sergipe, Rômulo Nascimento.
Segundo ele, o Governo Federal não acenou com qualquer possibilidade de concurso público para a categoria. “O Governo liberou a realização de concurso público para os servidores da Previdência Social, menos para a contratação de médicos peritos e essa é uma das nossas reivindicações”, completa.
A categoria reivindica também a redução de níveis de progressão, recomposição do quadro de peritos e aumento salarial de 27% em dois anos e a proposta do Governo Federal é de aumento de 21,3% no período de quatro anos.
Com a greve que completa três meses em 4 de dezembro, os segurados do INSS, continuam reclamando os transtornos. “Quando a gente liga, avisam que os médicos estão em greve e que as perícias continuam sendo remarcadas, muitas delas para o próximo ano”, reclama Pedro da Silva.
Fonte e foto: Infonet