São Paulo – A greve dos petroleiros, iniciada nos dias 29 de outubro (bases da Federação Nacional, FNP) e 1º de novembro (sindicatos da Federação Única, FUP), permanece agora apenas no Espírito Santo, de acordo com informações das entidades. Na última sexta-feira, foi a vez do Sindipetro do Norte Fluminense decidir pela suspensão do movimento, com as assembleias em Macaé e Campos somando 556 votos a favor e 255 contra a decisão, além de 16 abstenções. Antes, Minas Gerais também havia decidido pelo fim do movimento, por 131 votos a 41.
De acordo com a FUP, 12 dos 13 sindicatos de petroleiros filiados encerraram a greve. Algumas bases mantiveram o movimento por discordar dos termos do acordo proposto pela empresa. Segundo a federação, a Petrobras concordou em rediscutir a questão dos dias parados após a assinatura do acordo coletivo. “A companhia também garante que o tratamento a ser dado aos dias de greve só será implementado a partir de janeiro de 2016”, diz a FUP, acrescentando que “não aceitará qualquer sanção disciplinar contra os trabalhadores grevistas”.
Já a FNP decidiu indicar a suspensão do movimento depois que as bases do Norte Fluminense (ligadas à FUP) resolveram encerrar a greve. Até quinta (19), com sete sindicatos mantendo a paralisação – cinco da FNP e dois da FUP, a primeira entendia que ainda era possível melhorar a proposta. “Entretanto, diante deste novo quadro, a FNP entende que o poder de mobilização da categoria está muito prejudicado.” As duas entidades divergiram na estratégia e na condução do movimento.
A Petrobras divulgou nota hoje (23) na qual informa que a produção está se normalizando e que, durante a greve, deixaram de ser produzidos 2,29 milhões de barris de petróleo, além de 48,4 milhões de metros cúbicos de gás natural que deixaram de ficar disponíveis. “Apesar do impacto nos volumes, a Petrobras confirma a manutenção da sua meta de produção de 2,125 milhões de barris de petróleo por dia no Brasil para o ano de 2015”, acrescenta a empresa.
Fonte: Rede Brasil Atual