O pecuarista José Carlos Bumlai, preso nesta terça (24) durante a 21ª fase da Operação Lava Jato, fez um pedido inusitado ao entrar na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, Paraná.
Requisitou que trouxessem uma Bíblia para ficar com ele. Dizendo-se religioso, tinha uma imagem de Nossa Senhora na lapela do paletó e um terço no bolso.
“Bumlai está sereno, tranquilo e confiante. Até porque acredita que tudo será esclarecido”, afirmou a advogada Daniella Meggiolaro, que acompanhou o pecuarista logo após ele ter feito exame de corpo de delito feito no IML (Instituto Médico Legal).
Ele estava em Brasília quando foi preso. Estava lá para prestar um depoimento na CPI do BNDES. A Polícia Federal apura, entre outras coisas, empréstimos de R$ 518 milhões do BNDES feitos a Bumlai, que tem relação muito próxima com o ex-presidente Lula.
A suspeita é que Bumlai tenha repassado parte do dinheiro ao Partido dos Trabalhadores. Salim Schahin, um dos delatores da Lava Jato, afirma que o empréstimo nunca foi pago. O pecuarista nega, dizendo que quitou a dívida. Ele deve ser ouvido esta semana pelo juiz Sergio Moro, e permanece preso, à disposição da justiça. Com informações Gazeta do Povo