Editorial, Folha Nobre – Ao que todos sabem e acompanham na internet (clique aqui para fazer uma busca nas principais notícias), a greve dos peritos do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) já está chegando aos seus três meses de existência. Os pobres peritos querem mais direitos e regalias, enquanto isso, os ricos usuários do sistema, não ganham atendimento e ficam sem direito aos seus benefícios. Numa época de crise geral, onde instituições inteiras perderam a credibilidade junto ao cidadão, os nobres peritos do INSS lutam por seus direitos, e não seria injusto, mas estes profissionais olham só para seus narizes e ajudam a ferrar com o sistema que dizem querer melhorar.
Ironia esta nossa em querer questionar a luta justa de uma categoria que tanto necessita, pois não são só os peritos que querem ganhar mais, ou querem diminuir a jornada de trabalho e blá, blá, blá. São centenas de categorias que não sofrem reajuste considerável há muitos anos. O reajuste anual de salário mínimo não colabora com o trabalhador, pois a realidade é outra na hora de fazer as compras do mês.
Os peritos, que há três meses ferram com o trabalhador não merecem esses direitos, eles merecem o que os caminhoneiros ganharam em sua greve, merecem multas milionárias, e porradas e surras das forças de segurança pública, que são todas controladas pelo Estado.
Os peritos não são os pobres coitados que sustentam a estrutura do país levando alimento e bancando as mesas dos trabalhadores, eles são pessoas instruídas, médicos que não ganham mal comparado aos demais brasileiros, mas fazem questão de paralisar, pois dinheiro pra eles não falta, não terão grandes cortes, não há multa pela paralisação do sistema, mas sim, há a possibilidade do Governo aceitar suas condições quando a greve tiver uma ano de existência.
Esse Governo frouxo acabou com a greve de caminhoneiros em uma semana, mas para os peritos do INSS, não houve Medida Provisória (MP), daquelas ditatoriais. Situações semelhantes e pesos diferentes, assim que o governo Dilma Rousseff mete no rabo do brasileiro.
Da Redação – Folha Nobre