“Meu conselho é que as pessoas persistam, não desistam com qualquer obstáculo, pois o caminho é longo e cansativo, mas a satisfação do dever cumprido, isso não tem nada que pague”.
O Regional – Você mora em Santa Adélia. Quando teve início seu interesse pelo esporte? Qual foi a primeira modalidade que escolheu praticar? Por quê?
Mikelli Bragadini – Eu nasci em Catanduva e fui criada em Santa Adélia, sempre me interessei por esporte e a primeira modalidade que eu resolvi praticar foi o Karatê, que está presente na minha vida desde os oito anos de idade. Porque sempre gostei de filmes de luta e, comecei a treinar para aprender a lutar.
O Regional – Quando surgiu seu interesse pelo Karatê? Como foi?
Mikelli Bragadini – Meu interesse surgiu quando meu professor Marcelo Schutze, junto com seus alunos estavam fazendo uma apresentação em uma escola que eu estudava e me identifiquei muito, logo fui atrás e já comecei a treinar.
O Regional – Quando recebeu a primeira medalha? Como foi para você?
Mikelli Bragadini – A primeira medalha foi em 2009. Fiquei feliz e mesmo nova demais já sentia que estava no caminho certo.
O Regional – Tem 17 anos e já conquistou o título de Campeã Mundial de Karatê. Como é essa experiência para você? Esperava que isso fosse acontecer?
Mikelli Bragadini – É uma experiência única, Passou um filme na minha cabeça de tudo que eu passei para estar lá e realmente tudo valeu a pena. Era um dos meus maiores objetivos e com muito esforço consegui realizá-lo. Sim, eu esperava, pois, sei que daria o melhor de mim e era o que eu mais queria.
O Regional – Como foi a participação no Mundial na Espanha? Já conhecia o país? O que achou? E da concorrência?
Mikelli Bragadini – Foi incrível, além de trazer essa vitória tive a oportunidade de conhecer novas culturas, pessoas de diversos lugares as quais acabei criando um laço de amizade. Eu não conhecia o país, achei maravilhoso, tudo muito lindo, espero voltar um dia. A concorrência estava em um nível alto.
O Regional – Como foi voltar para casa com três medalhas de ouro? Quais são elas?
Mikelli Bragadini – Foi uma felicidade inexplicável, as modalidades foram Kumite individual, Kata individual e kumite por equipe.
O Regional – Seus pais sempre te apoiaram? Eles te incentivam a cada conquista e novo objetivo?
Mikelli Bragadini – Sim, sempre tive o apoio e incentivo de meus pais.
O Regional – Como é a sua rotina de treinos? Quantas horas, quantas vezes por semana?
Mikelli Bragadini – Treino quatro vezes por semana com uma hora e meia de duração.
O Regional – Qual é o segredo para se tornar Campeã Mundial em Karatê?
Mikelli Bragadini – O segredo é muita dedicação, persistência, disciplina e coragem.
O Regional – Você conta com a ajuda especial do professor Marcelo, assim como seus pais, ele te incentiva? Te acompanha em cada disputa?
Mikelli Bragadini – Sim, Me incentiva bastante e sempre está me acompanhando em minhas disputas quando pode.
O Regional – Quais são seus planos para o futuro? Qual é o sonho da nossa Karateca Campeã Mundial?
Mikelli Bragadini – Continuar treinando, fazer uma faculdade. Meu sonho é que o Karatê se torne um esporte olímpico,
O Regional – Se pudesse dar um conselho para aqueles que pretendem seguir carreira no Karatê, qual é o seu conselho?
Mikelli Bragadini – Meu conselho é que as pessoas persistam, não desistam com qualquer obstáculo, pois o caminho é longo e cansativo, mas a satisfação do dever cumprido, isso não tem nada que pague.
O Regional – Quais foram os desafios que enfrentou? Como foi para você?
Mikelli Bragadini – Foram conciliar os treinos com estudo e trabalho. Fiquei meio perdida, mas já estou me acostumando.
Entenda
O Karatê foi desenvolvido em Ryukyu, levada para o continente japonês no século 20, época em que era realizado um movimento de intercâmbio cultural entre os japoneses e chineses. A prática foi ensinada no Japão. O primeiro clube de karatê da universidade no Japão surgiu em 1924, e em 1932, as universidades japonesas principais tiveram clubes de karatê. Com filmes de artes marciais entre 1960 e 1970 a popularidade da modalidade atingiu o mundo todo. As escolas de karatê começaram a aparecer em todo mundo. A Federação Mundial de Karatê aponta que há 100 milhões de praticantes em todo o mundo.
Fonte: O Regional