A negociação dos novos contratos de pay-per-view do Campeonato Brasileiro com a Rede Globo seguem agitando os bastidores do futebol brasileiro. Uma nova reunião, que estava marcada para esta terça-feira, foi adiada em cima da hora. A principal pauta seria a reivindicação de aumento da porcentagem de repasse da emissora – na prática, os clubes querem que a Globo abra mão de um pedaço do seu lucro.
– Mais do que mudar os critérios, queremos também um aumento das fatias. A divisão atual é de mais de cinco anos atrás e está ultrapassada. Não posso falar com exatidão, mas é cerca de 32%, um pouco mais, um pouco menos. Basicamente, 1/3 de tudo que entra – argumenta Daniel Nepomuceno, presidente do Atlético-MG, para o site da ESPN Brasil.
Ou seja, por mais absurdo que possa parecer, de toda a verba arrecadada com venda de pacotes de PPV, apenas 1/3 vai diretamente para os clubes. Os outros 2/3 vão para a emissora. Em contrapartida, a emissora assegurou em contrato um repasse mínimo de R$ 350 milhões – valor que progride anualmente e chegará a R$ 500 milhões em 2016. Mesmo assim, os clubes acreditam que a divisão segue injusta e devem manter a pressão na empresa.
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