Há tempos que Anitta, enfileirando um hit atrás de outro, deixou para trás o risco de se tornar uma one hit wonder, de Show das Poderosas. Mas 2015 será um ano provavelmente lembrado por Bang, faixa que também dá nome ao novo disco da carioca de 22 anos.
Prova da sagacidade de Anitta é o fato de que ela mesma criou a coreografia, junto com a bailarina Arielle Macedo, do seu grupo. “Criamos todas as coreografias juntas e é uma forma de complementar a mensagem que eu quero passar nas minhas músicas. Em Bang queria dar a ideia de força, de um tiro certeiro, então criamos uma coreografia que as pessoas conseguissem aprender e, ao mesmo tempo, fosse ‘poderosa’”, afirma a diva pop, que volta a São Paulo nesta quinta (10) para uma apresentação na Brook´s.
Com clipe alcançando 55,8 milhões de visualizações no YouTube desde que foi lançado, em 9 de outubro, o novo hit da carioca mostrou também o poder de Anitta de dialogar com a internet. Famosos como Fátima Bernardes, Angélica, Carolina Dieckmann e Grazi Massafera já dançaram Bang, assim como anônimos de todas as idades, contribuindo para viralizar a música e clipe.
Outro momento de alto poder memético foi a paródia de Kéfera, atual queridinha da internet. Apesar dos boatos de que Anitta havia inclusive emprestado roupas e ajudado na produção do vídeo da curitibana, ela nega.
“A paródia da Kéfera foi feita por ela mesma e eu achei incrível. Acompanho tudo que fazem na internet, todas as demonstrações de carinho, os comentários do fãs… Isso chega pra mim como uma forma de reconhecimento do meu trabalho. A internet é um local onde eu posso ter essa troca com o público e retribuir um pouquinho de toda a atenção que as pessoas dedicam a mim”, diz a carioca.
Sobre os elementos que um bom hit deve ter na sua opinião, ela não entrega a rapadura: “O hit para mim é o fruto de um trabalho legal, feito com dedicação, que consegue atingir o público e passar a intenção que o artista pensou para aquela música”.
Já em relação ao artistas da nova cena da música brasileira que mais gosta e indica, Anitta opta por uma solução caseira. “Vou indicar os meus parceiros em Bang: Jhamma, Vitin e a banda Onze:20, Nego do Borel, Dubeat e ConeCrew. Eles estão no meu álbum justamente porque estão fazendo um trabalho incrível, que eu adoro”, afirma.
Ex-funkeira convertida em popstar, ela também fica um pouco em cima do muro quando perguntamos que aspectos do funk mais a ajudaram a chegar numa linguagem pop brasileira e em o que diferencia o pop brasileiro do internacional. “O funk foi o ritmo com o qual eu comecei o meu trabalho, mas eu sempre ouvi vários outros ritmos e gosto muito deles também. Por isso em Bang eu misturei alguns deles para fazer um material novo para o meu público. Eu acho que cada ritmo tem a sua linguagem própria, o que gera toda essa multiplicidade musical que temos no cenário nacional e internacional de hoje e que é maravilhosa”, conclui.
Fonte: Musica virgula Uol