segunda-feira, 19 maio, 2025
No Result
View All Result
Folha Nobre
  • Todas Notícias
  • Rondônia
  • PodCast
  • Expediente
Folha Nobre
No Result
View All Result
Folha Nobre
No Result
View All Result

Assistência técnica rural promove inclusão social e produtiva de mulheres da agricultura familiar em Rondônia

16/12/2015
in Rondônia

MULHERES-8

O trabalho desenvolvido pela Empresa de Assistência Técnica Rural (Emater-RO) com 400 famílias de agricultoras familiares nos municípios de Presidente Médici, Jaru, Ouro Preto do Oeste e Governador Jorge Teixeira trouxe resultados surpreendentes. Ao longo dos dois anos e meio de execução do Programa Ater Mulher, observou-se, além do aumento da renda com empoderamento das participantes, maior socialização e entrosamento das beneficiárias com a comunidade. Hoje elas se tornaram grandes empreendedoras em atividades antes executadas somente por homens.

As políticas de desenvolvimento rural até a década passada não reconheciam o trabalho das mulheres e o caracterizava como complemento ao trabalho masculino, reafirmando as desigualdades de gênero. Essa invisibilidade do trabalho das mulheres e a divisão sexual do trabalho também foram seguidas nos serviços de Ater prestados à unidade de produção familiar, pois se entendia que a participação do homem era suficiente para representar o interesse de toda família.

Em Rondônia, essa situação não foi diferente, os serviços de assistência técnica e extensão rural mantiveram-se, por muito tempo, voltados para o público masculino,sendo a mulher inserida nas ações da Ater há pouco mais de dez anos. Foi somente após a implementação, em 2013, da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Pnater), que norteia as ações dos serviços de Ater no Brasil, que surgiram políticas públicas visando à inclusão das mulheres.

Uma dessas políticas está sendo implementada pelo Plano Brasil Sem Miséria/Ater para Mulheres que, através da chamada pública do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), contratou a Emater-RO para execução dos serviços. Iniciado em março de 2012, o programa Ater Mulher assiste a 100 famílias de baixa renda, por município, com o objetivo, entre outros, de promover a inclusão social e produtiva das agricultoras familiares e garantir a segurança alimentar através do aumento de renda, ampliação do acesso aos serviços públicos e às ações de cidadania.

RESULTADOS

O trabalho foi sendo realizado com 400 mulheres rurais em situação de extrema pobreza nos municípios de Ouro Preto do Oeste, Presidente Médici e Governador Jorge Teixeira. Após dois anos e meio de execução já é possível observar resultados importantes para a igualdade de gênero e melhoria da qualidade de vida daquelas famílias.

Entre esses resultados, destaca-se a atividade de agroindústria. A atividade foi um desafio dentro do programa da Ater para as mulheres. Com a renda e fomento relativamente baixos, trabalhou-se com base na estruturação inicial e plano em longo prazo. “Apenas 3% das produtoras optou por essa atividade”, lembra a extensionista da Emater, Rosária Miranda dos Santos, uma das gestoras da Ater deste projeto.

A produtora Tercília Laudelina dos Santos, do município de Governador Jorge Teixeira, foi uma das que acreditaram no próprio potencial. E fez sucesso com a venda de bananas fritas. Ao entrar no programa a produtora utilizava barracão ao lado de sua cozinha e selava os pacotes com a chama de uma vela. Sua renda mensal era, em média, de R$ 80. Motivada e orientada a participar da primeira oficina realizada no distrito de Colina Verde, levou seu produto e ali mesmo já conquistou mais cinco novos compradores e, em uma semana, obteve um aumento de renda de cerca de R$ 150.

Através de financiamento, liberado em novembro de 2014, Tercília adquiriu equipamentos e insumos mais adequados para sua atividade, inclusive uma seladora. Com isso ,ampliou sua produção em cerca de 200%, passando a entregar seu produto agora para nove revendedores, e obtendo uma renda média de R$ 300 mensais somente com a atividade de banana frita.

O beneficiamento de suínos foi outra atividade trabalhada com as mulheres. Pelo menos 20% das beneficiárias optaram pelo manejo de raças voltadas para corte e banha e foi um dos projetos produtivos que apresentou resultados mais sólidos na melhoria da renda familiar, garantia da segurança alimentar e elevação da autoestima das mulheres que passaram a ser mais valorizadas com o sucesso da atividade.

Prova disso é a produtora Luciana Salvat, do município de Ouro Preto do Oeste, que se dedicou à atividade com aquisição de matrizes e revenda de leitões desmamados. Sua renda per capita, que era de R$ 77, teve um aumento em dois anos de 70%. Hoje ela já está buscando recursos para a construção de um abatedouro de suínos.

Valdete Ferreira de Oliveira é uma das 20 mulheres que encontraram na horticultura o caminho para o seu crescimento econômico. Nessas propriedades os trabalhos foram desenvolvidos visando à minimização do uso de insumos químicos e em especial de agrotóxicos.

No caso de Valdete, com os investimentos realizados em sua horta ela conseguiu um aumento de renda através da venda direta a um comprador que lhe garante uma média de R$ 400 por semana. Ela também está sendo cadastrada no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), do governo Federal em parceria com o governo estadual, que lhe garantirá a comercialização de seus produtos. As ações são executadas sob a orientação da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e da Emater.

Devido à pouca necessidade de espaço e relativa facilidade de implementação, com baixo investimento e rápido retorno financeiro, a avicultura foi uma das atividades mais procuradas pelas mulheres assistidas no Programa Ater Mulher. Cerca de 150 escolheram trabalhar com frangos de granja, caipirão e galinha botadeira.

A produtora Avezina Cordeiro, do município de Jaru, iniciou a atividade adquirindo os animais (50 aves de corte e 50 galinhas botadeiras), a ração, a tela e outros insumos com o fomento de R$ 1.400 recebidos do Programa. Com o lucro obtido já no primeiro lote e auxílio da segunda parcela, ela dobrou a quantidade de aves, gerando um aumento de R$ 350 em sua renda mensal.

Essas mulheres mostraram que têm grande potencialidade para implantação e implementação dos projetos produtivos. De mulheres invisíveis passaram a ser reconhecidas como grandes empreendedoras e seus empreendimentos estão despertando o interesse das mulheres dos municípios circunvizinhos.

Fonte: Jaru Online

Compartilhe isso:

  • WhatsApp
  • Imprimir
  • Tweet
  • Telegram
  • Threads
Tags: AgriculturaRondonia

Podcast

Folha Nobre - Desde 2013 - ©

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In

Add New Playlist

No Result
View All Result
  • Todas Notícias
  • Rondônia
  • PodCast
  • Expediente

Folha Nobre - Desde 2013 - ©

Este site usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso de cookies. Visite a página Política de Privacidade.