Coluna Café Imobiliário, Por Vagner Lopes – Ainda é muito incerto o que realmente o futuro em 2016 vai nos proporcionar. Pois os indicadores mostram um cenário ainda meio obscuro. De um lado, certa resistência por parte dos proprietários em baixar os preços se traduzirá, concretamente, em mais um período de estagnação no cenário de nosso mercado. Em outras palavras: quem não tem pressa para vender o imóvel vai preferir esperar o tempo que for para obter o valor pretendido. O resultado disso é obvio, o preço real vai cair já que será corroído pela inflação. Trata-se, portanto, mais de uma resistência cultural do que de uma estratégia de negócio.
“Neste caso quem precisa muito vender o bem, estará aberto a uma negociação e considerará a possibilidade de desconto sobre o que pediu”. Como não há certeza sobre para onde irão os preços, nos próximos 12 meses, o mais honesto é avaliar as alternativas, dependendo da sua intenção, considere dois extremos:
1) Se sua necessidade de compra é para moradia
Neste caso, a melhor opção é peneirar as ofertas do mercado. A grande maioria está lutando para sobreviver e, por isso, pode conceder descontos interessantes para fechar negócio. Fique ligado nas oportunidades, mais também não espere milagres. Lembre-se, quanto mais dinheiro você tiver, maior será seu poder de barganha. Agora quem não tem alternativa, a não ser financiar o imóvel, não aproveitará este momento de oportunidades, uma vez que o crédito imobiliário está cada vez com custo mais elevado.
2) Se seu objetivo é comprar para investir
Neste caso, tenha pulso, e negocie um desconto. O motivo é que, com as altas taxas de juros, as aplicações financeiras oferecem alternativas seguras de ganhos líquidos ao redor de 12% ou 13% do CDI. Como investir em imóveis, geralmente, significa obter renda com a sua locação, além da valorização patrimonial, isso significa encontrar uma chance de ganhar mais do que 25% que a renda fixa renderia nesse período.
3) Se você quer vender
Bom, aí, é preciso fazer a matemática clara. Simplesmente resistir a dar um desconto, apenas para dizer que vendeu pelo preço que queria, não é o melhor negócio. É preciso analisar, também, o quanto será gasto com impostos, e a manutenção do bem, no tempo em que ele estiver à venda. Mesmo que esses custos sejam abatidos pela renda gerada pela locação, a corrosão do valor, pela inflação, é um desconto forçado, na prática. Resumindo: Faça as contas e veja o tamanho do desconto que você pode dar, reduza sua margem de lucro e busque outras oportunidades.
Vagner Lopes dos Santos, Consultor Imobiliário, Perito Avaliador, CRECI 0826, CNAI 04393, e-mail: [email protected], Tel: whatts: (69) 9972-1009, Site; www.vagnerlopes.com.br