O ano de 2015 foi histórico para o UFC. A companhia estima uma receita de cerca de US$ 600 milhões (R$ 2,3 bilhões na cotação desta terça-feira) no ano, de acordo com Lorenzo Fertitta, CEO do UFC e coproprietário da Zuffa, empresa que detém os direitos da marca. O número é um recorde para a franquia, e representa uma enorme diferença em relação a 2014, quando seus lucros caíram em 40% segundo a agência de crédito Standard & Poor’s.
– Vamos gerar cerca de US$ 600 milhões em receita no ano 2015, o que é um recorde para a companhia e é um crescimento bem significante depois de 2014. A parte empolgante da plataforma que construímos é que fomos capazes de abraçar diferentes níveis de receita. Temos nosso negócio básico de pay per view, que é nossa maior fonte de receita. Depois, temos nossos direitos de mídia (…), e depois abraçamos plataformas abrangentes, onde lançamos o Fight Pass, um serviço por assinatura onde se pode acessar todo o catálogo do UFC e onde também colocamos eventos ao vivo e exclusivos do UFC, além de programação original. Então, temos essas três fontes de geração de receita , três formas de monetizar nossos contatos – contou Fertitta à emissora de TV a cabo americana “CNN”.
O ótimo resultado financeiro do UFC em 2015 pode ser atribuído ao sucesso de seus eventos em pay per view no ano. Já no primeiro trimestre, com o confronto entre Jon Jones e Daniel Cormier e o retorno de Anderson Silva, a companhia anunciava números recorde. Os eventos de julho e agosto, UFC 189 e 190, chegaram próximo a um milhão de pacotes vendidos, e o UFC 193, torneio que viu a queda de Ronda Rousey frente a Holly Holm, tem estimativa de terultrapassado a marca de um milhão. Após o UFC 194, card que teve como destaque José Aldo x Conor McGregor, o diretor de relações públicas do Ultimate, Dave Sholler, declarou que a tendência era que o evento também superasse um milhão de vendas, e talvez até batesse o recorde de 1,6 milhão de pacotes vendidos, marcado pelo UFC 100 em 2009.
Apesar da receita recorde, o UFC vem lidando com reclamações de lutadores quanto à parcela que é dividida com os atletas. Um grupo de lutadores com passagem pela companhia move uma ação contra a Zuffa, acusando-a de monopolizar o mercado do MMA e de impossibilitar que eles recebam valor justo por seu trabalho. Fertitta refutou as acusações em sua entrevista, e disse que são os lutadores que ditam seu valor.
– É um mercado absolutamente aberto. Há múltiplos pagadores no mercado. Nosso competidor número 1 é o Bellator, que é de propriedade da Viacom, que tem muito mais recursos do que nós, mesmo que sejamos a marca líder neste espaço. O fato é que nossos atletas top estão recebendo milhões de dólares. E o que está acontecendo conforme o esporte cresce, a compensação cresce e a receita cresce, você vai começar a ver que os garotos e garotos no topo vão controlar uma fatia maior deste bolo. Acho que você vê isso em todos os esportes, todos os negócios. São os atletas que fazem a diferença, que as pessoas querem pagar para ver, recebem a grana alta – argumentou.
Fonte: Combate.com