Porto Velho, RO – Um grupo armado, composto por 10 pessoas, todos usando máscaras, atirando, ameaçando, pondo fogo em casas e veículos é o que? Em qualquer país que tenha leis decentes, tal grupo seria considerado terrorista. No Brasil, de vez em quando caminhoneiros trabalhadores, quando fazem protestos, são tratados como se terroristas fossem, apesar de desarmados e fazendo manifestações pacíficas. Mas os invasores de propriedades alheias, como o fazem membros de movimentos sociais e de sem terra, como a Liga dos Camponeses Pobres (LCP), esses não! Esses, para nossas leis e nossos governantes, são apenas pobres coitados, querendo sobreviver. Usam armas pesadas, treinam táticas de guerrilha, não permitem que suas crianças frequentem escolas normais (e as colocam à frente, quando a polícia aparece, esperando que alguma delas seja ferida, para poderem usar o artifício contra as autoridades), mas aos olhos das nossas leis, são gente boa. Nessa semana, o grupo agiu de novo, atacando mais uma fazenda na cidade de Monte Negro. Lá, eles começaram a atirar, de tal forma desordenada, que um dos bandidos matou o outro, com um tiro na cabeça, sem querer! No ataque, os pobres trabalhadores da fazenda viveram momentos de terror. Muitos tiveram que se esconder na floresta, para não serem mortos.
O braço armado dos sem terra age livremente em várias regiões do Estado. De vez em quando alguém é preso e condenado, mas as penas sempre são pífias. Sobre o banditismo rural, ninguém fala em terrorismo; não se ouve exigir a intervenção da Guarda Nacional ou do Exército, para proteger quem trabalha e quer apenas viver em paz. Sem oposição, a guerrilha rural se amplia, sob os braços cruzados das autoridades (in)competentes.. Mas vão os caminhoneiros fazer algum protesto, prá ver o que lhes acontece!
PESQUISAS E SURPRESAS
Uma vez por mês, conhecido político da Capital manda sua equipe fazer uma pesquisa na cidade, para saber a situação de alguns dos principais nomes que poderão entrar na corrida pela Prefeitura neste ano. Há algumas informações já conhecidas, como a liderança da deputada federal Mariana Carvalho, desde que as pesquisas iniciaram, apenas para informação interna. Ela sempre esteve na frente, com pelo menos 20 pontos sobre o segundo colocado, seja quem estiver no momento melhor na fita. Mas há surpresas. Um empresário que já deixou a política há mais de uma década, apareceu na última pesquisa em segundo lugar.
NÃO QUER
A verdade que essas pesquisas apontam apenas a situação do momento, já que não se sabe ainda quem serão realmente os candidatos e está longe da campanha começar. Como a campanha desse ano será mais curta e com espaços menores nas rádios e TVs, quem sair na frente tem uma vantagem óbvia. O problema, no caso de Mariana, líder das pesquisas, é que não fazem parte dos planos dela, nesse ano, concorrer à sucessão de Mauro Nazif. Ela enfrenta uma duríssima pressão do diretório nacional (leia-se Aécio Neves) e do regional (Expedito Júnior), para entrar na disputa. Se depender da decisão pessoal, Mariana está fora!
DIVIDIDO, DE NOVO!
O PMDB se encaminha para novo problema interno, o que tem dificultado muito ao partido entrar com chances reais de ganhar a Prefeitura. O grupo do senador Valdir Raupp, quer que o nome escolhido seja o do secretário de saúde do Estado, Williames Pimentel, muito ligado ao senador e a deputada Marinha Raupp. Não é o que quer a turma palaciana. Por ali, os nomes que parecem ter mais aceitação seriam os de Lindomar Garçon e Emerson Castro. Garçon, aliás, pode até trocar de sigla, para entrar na briga, caso não tenha espaço no PMDB. Emerson também é um nome forte, mas o diretório municipal estaria fechado mesmo é com Pimentel.
JI QUER JESUALDO
Quem está numa sinuca de bico, mas em Ji-Paraná e não em Porto Velho, é o PDT dos Gurgacz. Lá, a intenção do partido é lançar o deputado federal Marcos Rogério, que teria até o apoio do atual prefeito, Jesualdo Pires, que não iria à reeleição, mas disputaria uma vaga ao Senado, em 2018. O problema é que em todas as pesquisas que têm sido feitas na cidade, a população só aponta para o nome de Jesualdo, que está fazendo uma administração muito boa, segundo todas as avaliações. Caso indique outro nome ou se associe a ele, os Gurgacz correm o risco de perder a segunda maior Prefeitura do Estado. E agora?
BESTIALIZAÇÃO
A moradora de rua Carmem Eligia Salcedo tinha uma aposentadoria e conseguia sobreviver mal, mas sobrevivia. No sábado, tirou dinheiro do banco, 1 mil reais. Foi sua sentença de morte. Horas depois, seu corpo foi encontrado brutalmente agredido, com sinais de espancamento com um pedaço de madeira. O dinheiro, obviamente, sumiu. Há suspeitas de que o assassino esteja entre um grupo de drogados que vive nas proximidades de onde ela dormia, uma construção abandonada. É mais um crime cruel, que demonstra a brutalização humana e a bestialização que as drogas causam. Lamentável!
PERGUNTINHA
Quantos dos 28 denunciados serão realmente presos, no novo escândalo em Brasília,agora envolvendo o sumiço de 5 bilhões de reais do Postalis, Fundo de Pensão dos Correios?
Fonte: Sérgio Pires