Você precisa de outro provérbio a respeito da fala? Sim! Por quê? Porque sua língua é um mal ingovernável, cheio de veneno mortal, um mundo de iniquidade, incendiado pelo fogo do inferno! A não ser que você queira reivindicar a perfeição, você tem um problema com a sua fala. Nenhum homem domina a língua! Salomão inúmeras vezes advertiu o seu filho e a nós, a respeito do perigo de nossas bocas e dos nossos lábios.
Estou sendo duro demais, delicado leitor? Veja o que Tiago diz (Tg 3:2-12)! Deixe que Davi o ajude a crescer. Lembrando que suas palavras foram inspiradas pelo Deus vivo e verdadeiro. Ele conhece cada palavra da sua língua mesmo antes dela ser proferida (Sl 139:4)!
Davi escreveu a seu respeito! E o Senhor quer que você saiba que a sua língua não é propriamente sua (Sl 12:4). Você deve a Ele cada palavra sua!
Boca e lábios são metonímias para a fala. Nós usamos a nossa boca e os nossos lábios para falarmos. Assim pela metonímia os meios usados para falar substitui a fala propriamente dita. O homem que guarda a sua boca controla a sua fala; o homem que abre muito os seus lábios não controla a sua fala. Aquele que guarda as suas palavras salva a si mesmo; enquanto que aquele que fala livremente destrói a si mesmo.
Salomão conhecia o grave perigo de uma fala descontrolada e, por isso, ele repetidamente advertiu a respeito do mesmo (Pv 10:31; 12:13,18; 16:23; 17:20; 18:7,21; 20:15; 21:23). As suas palavras podem deixar você numa situação difícil. Portanto tenha muito cuidado todas as vezes que você abre a sua boca. Você pode salvar a sua vida se prestar atenção a cada palavra que você fala e se certificando que tem a clara aprovação celestial. Você pode se destruir falando impulsivamente sem cuidado ou prudência piedosa.
Para aprender com sobriedade esta lição e temer o perigo da sua boca, considere alguns pecados da língua: retrucando (Tt 2:9), arrogância (ISm 2:3), falar por trás das pessoas (Pv 25:23), gabando (Sl 94:4), comentários amargos (Ef 4:29-32), reclamando (Nm 11:1), discórdia (Pv 18:6), debate (Rm 1:29), desprezando os outros (Pv 11:12), desrespeito aos pais (Pv 20:20; Dt 27:16), extorquindo (Pv 20:14), falsa acusação (Êx 20:16; Tt 2:3), bajulação (Sl 12:3), títulos lisonjeiros (Jó 32:21-22), flerte (Pv 2:16), conversas tolas (Ef 5:4), paternidade agressiva (Cl 3:21), promessas precipitadas ou não cumpridas (Ec 5:1-7), adoração hipócrita (Is 29:13), irreverência por parte de uma esposa (Ef 5:33; IPe 3:6), gracejando (Ef 5:4), tomando em vão o nome do Senhor (Êx 20:7), mentindo (Pv 12:22), importunação por parte da mulher (Pv 27:15-16), xingamento (Mt 5:22), orando pomposamente (Mt 6:5), interrogando a Deus (Rm 9:20), orações repetitivas e rotineiras (Mt 6:7), falas obscenas (Cl 3:8), difamação (Pv 10:18), falar mal do pastor (Ez 33:30; III Jo 1:9-10), falar mal das autoridade constituídas (Ec 10:20; Jd 1:8), falar mal de um irmão (Tg 4:11), falar sem pensar (Pv 15:28), dar garantia (Pv 11:15), jurando (Tg 5:12), fuxicando (Pv 11:13), assuntos desconhecidos (IITm 2:23), sussurrando (Pv 16:28), e mulheres falando na igreja (ICo 14:34-35; ITm 2:11-12), Se todos estes pecados não foram suficientes para torná-lo sério, considere as palavras do Senhor Jesus Cristo, “Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração. O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o homem mau do mau tesouro tira coisas más. Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo; porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado” (Mt 12:34-35). Não importa o quão religioso o homem alega ser, ele é medido pela maneira que ele refreia a sua língua (Tg 1:26).
Reduz a sua fala pela metade. Fale somente metade daquilo que você normalmente falaria. Fale só metade daquilo que você gostaria de falar. Reduzindo as suas palavras pela metade é restringir a sua fala, pela consciência do pecado em muito falar (Pv 10:19). Fale somente se for necessário. Nunca, mas nunca mesmo, deixe que uma palavra ociosa saia dos seus lábios. Os homens pensarão que você é sábio (Pv 17:27-28)! O respeito por você vai aumentar!
Reduza a velocidade! Seja rápido no ouvir, mas lento no falar (Tg 1:19)! Pense antes de soltar o veneno que está sob os seus lábios (Rm 3:13). Ouvir toda a questão antes de responder (Pv 18:13). O coração do justo considera antes de responder (Pv 15:28). Pondere e pense especificamente todas as vezes que você abre a sua boca (ou escreve ou datilografa um e-mail ou uma carta).
Que a cortesia seja o seu objetivo constante (Ec 10:12). Que a bondade governe cada palavra sua (Pv 16:24). Lembre-se de como o coração puro e as palavras agradáveis de Davi conquistaram Jonatas e Israel (Pv 22:11; ISm 18:1-5). A mulher que fala agradavelmente será sempre honrada (Pv 11:16; 31:26). Siga o abençoado exemplo do nosso Senhor (Sl 45:2; Lc 4:16-22).
Ore como Isaías quando ele viu a glória de Deus, “Senhor, tenha misericórdia de mim! Ai de mim! Estou perdido! Eu sou um homem de impuros lábios e moro no meio de um povo de impuros lábios” (Is 6:1-5)! Ore como Davi. “Coloque um vigia, ó SENHOR diante da minha boca; guarda a porta dos meus lábios” (Sl 141:3). E também, “Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, Senhor, rocha minha e libertador meu” (Sl 19:14)!
Como Davi, fique com temor na presença de Deus e não peque com a sua boca (Sl 4:4). Peça a Deus para encher a sua boca com o Seu louvor o dia todo (Sl 71:8). Lembre-se que Jesus Cristo está voltando novamente para julgar este mundo por causa da linguagem imunda, da maneira tola de falar, e de gracejos; Paulo advertiu os filhos de Deus para substituir tais modos de falar por agradecimentos (Ef 5:3-6). Amém!