O garimpo ilegal da Serra da Borda, em Pontes e Lacerda, a 487 km de Cuiabá, passa por uma força-tarefa de limpeza para retirada de lonas, barracas, equipamentos, utensílios e outros materiais deixados pelos garimpeiros que saíram do local de forma pacífica. A área foi desocupada nesta segunda-feira (18), um dia antes do que estava previsto no cronograma da operação.
Segundo o comandante da Polícia Militar, coronel Alberto Neves, a previsão é que a área seja totalmente limpa para que a partir de quarta-feira (20) 150 homens da Força Nacional e Exército passem a fazer a vigilância e monitoramento da Serra da Borda.
Os garimpeiros deixaram barracas, lonas, e até um freezer nos acampamentos improvisados. Os policiais encontraram muitas garrafas plásticas acumuladas, vasilhas, além de lixo e restos de comida abandonados pelos garimpeiros.
A Prefeitura de Pontes e Lacerda informou que auxilia os policiais na limpeza da área desde segunda-feira e prossegue o trabalho nesta terça-feira (19). Aproximadamente 20 homens da prefeitura fazem o trabalho de operar máquinas e serviço braçal de limpeza da Serra da Borda.
Dois caminhões e uma máquina foram enviados ao local. A prefeitura calcula que a limpeza será feita, de forma eficaz, até quinta-feira (21). Todo o material retirado da Serra da Borda deverá ser levado ao aterro municipal.
A Força Nacional de Segurança deverá permanecer por até 30 dias na região do garimpo ilegal explorado na Serra da Borda. O prazo foi determinado pelo Ministério da Justiça, que publicou uma portaria no Diário Oficial da União (DOU) nesta segunda-feira designando o uso da força para ocumprimento da decisão judicial de desocupação e isolamento da área. Embora publicada nesta segunda-feira, a portaria foi assinada no último dia 15.
O isolamento deverá durar até que o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) emite autorizações de exploração mineral e pesquisa no local.
O garimpo
A região da Serra da Borda começou a ser explorada ilegalmente em setembro de 2015. Logo, a Justiça Federal determinou a retirada dos garimpeiros, o que foi cumprido por uma operação policial. Entretanto, como o local ficou aberto e sem controle nos arredores, os garimpeiros voltaram à região e, nesta segunda ocupação, o número de pessoas no garimpo chegou a cerca de dois mil.
A nova desocupação foi determinada pela Justiça Federal e, por determinação dela, o estado de Mato Grosso e a União elaboraram um plano de ação para a desocupação e o isolamento do local do garimpo, de modo a assegurar que ele não volte a ser explorado. O cronograma de ação está sendo executado desde a semana passada; conforme o planejamento, a área do garimpo deverá estar totalmente desocupada até esta terça-feira. Entretanto, já no último domingo as patrulhas policiais verificaram poucas pessoas no garimpo.
Fonte: G1