terça-feira, 13 maio, 2025
No Result
View All Result
Folha Nobre
  • Todas Notícias
  • Rondônia
  • PodCast
  • Expediente
Folha Nobre
No Result
View All Result
Folha Nobre
No Result
View All Result

Dilma quer deixar o “PT” afastar-se de LULA e governar o Brasil só com sua equipe

01/02/2016
in Destaque

DIlma-fora-do-PT

As conversas sobre um afastamento formal da legenda à qual é filiada há 15 anos ocorreram em meio aos debates sobre qual posição os deputados do PT deveriam adotar no Conselho de Ética da Câmara sobre o processo que pode levar à cassação do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Até então, o Planalto tentava convencer os três deputados petistas que integram o colegiado a votar pelo fim da investigação sobre Cunha, para evitar que ele deflagrasse o impeachment.

O PT reagiu. O presidente da sigla, Rui Falcão, pressionou publicamente seus deputados a votarem contra o peemedebista. O fim do impasse é conhecido: Cunha perdeu no conselho e, ato contínuo, acolheu um pedido de afastamento da petista.

O descompasso entre os interesses do Planalto e os da cúpula do PT nunca tinha ficado tão evidente, embora ambos os lados dessem sinais de fadiga há tempos. A crise política e econômica e os desdobramentos constantes da Operação Lava Jato desgastaram a relação entre Dilma e a sigla.

Diversos dirigentes da cúpula petista diziam que a presidente era a responsável por “afundar” a sigla, deixando em segundo plano os escândalos de corrupção que levaram à cadeia quadros importantes, como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

Entre os petistas, havia a avaliação de que o partido não deveria mais compartilhar “o desgaste” do governo Dilma, que vinha defendendo o ajuste fiscal proposto pelo ex-ministro Joaquim Levy (Fazenda), considerado severo, ortodoxo e inadequado pela direção do PT.

Houve, naquele momento, quem defendesse o descolamento completo entre a legenda e o governo.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por sua vez, ainda acreditava em Dilma. A aliados, Lula confidenciou seus objetivos: salvar sua biografia, a imagem do PT e então o governo da presidente. Mas já admitia que, caso fosse preciso, lutaria para salvar o projeto do partido. Sem ela.

Foi nesse cenário que Dilma ventilou a possibilidade de se afastar do PT. A ideia era sinalizar na direção de uma gestão na qual partidos de oposição e da base aliada poderiam, juntos, encontrar saídas para a crise. A presidente também se comprometeria a não se envolver na disputa por sua sucessão, em 2018.

A tese foi debatida dentro do Palácio do Planalto e com parlamentares da base aliada e do próprio PT. Foi consenso que a estratégia até poderia render um suspiro de alívio, mas poderia também ser o atalho para o isolamento completo de Dilma. Ela, então, preferiu não arriscar.

DISTÂNCIA

A fase mais aguda da crise passou, admitem ambos os lados, mas dirigentes do PT afirmam que o partido hoje está mais distante do Planalto do que há um ano. Há uma determinação na cúpula da legenda de se posicionar sempre que a agenda do governo for contra os interesses da sigla.

A defesa da reforma previdenciária, por exemplo, está fora de cogitação para os petistas. Segundo um dirigente petista, naquilo que é “inegociável” com as bases do partido, o PT ficará na trincheira oposta à do governo, mas não haverá ruptura.

A cúpula da legenda avalia ainda que acertou ao forçar o rompimento entre Dilma e Cunha, dando a ela, num momento de pressão, um antagonista desgastado.

Mas reconhece que, à medida que a agenda do impeachment perdeu força, o foco da Lava Jato se voltou para Lula. O PT acredita que há uma operação para comprometer a imagem do petista e impedir sua candidatura em 2018.

O ANO DE DILMA
12 desafios que a presidente terá de encarar em 2016
1
IMPOPULARIDADE
Segundo a última pesquisa Datafolha, Dilma Rousseff conta com a aprovação de apenas 12% dos eleitores, 56% querem sua renúncia e 65% apoiam seu impeachment. O parco apoio leva a uma largada desfavorável o 6º ano de mandato da petista
2
EDUARDO CUNHA
Mesmo sob uma denúncia e dois inquéritos no STF, o presidente da Câmara deve continuar a dificultar a agenda do governo na Casa. O Supremo sinalizou ao Planalto que não há elementos para afastá-lo do cargo
Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados
3
Impeachment
Todo o 2016 estará sob o impacto da possibilidade de impeachment. Um processo foi aceito por Cunha em dezembro, mas foi travado por decisão do STF. Com o fim do recesso no Congresso,  a ação pode avançar
4
PMDB
Dilma não sabe se poderá contar com o PMDB em 2016. A liderança da sigla na Câmara é disputada por um alia-do de Cunha, e a convenção do partido, em março, pode discutir a saí-da do partido do governo
5
Lava Jato
Há o temor de que Nestor Cerveró possa delatar desvios em Pasadena, cuja compra foi autorizada por Dilma; Edinho Silva (Secom) é investigado e detalhes sobre a relação de Jaques Wagner (Casa Civil) e OAS podem emergir
6
Lula
O MP estadual e o federal investigam se um apartamento em Guarujá no nome da OAS não teria Lula e família como titulares. A Lava Jato também apura sítio usado pelo petista em Atibaia que teria tido reformas pagas pela Odebrecht
O ex-presidente Lula
7
PT
O apoio do próprio partido da presidente é incerto: a política econômica e a Operação Lava Jato têm sido fatores de grande desgaste na relação entre o Planalto e o partido
8
Crise econômica
Juros, inflação e desemprego estão em alta, e o governo não tem conseguido estancar a crise. A perspectiva é de mais um ano de crescimento negativo, o que agrava o qua-dro político da presidente
9
CPMF
O imposto sobre transações financeiras é a maior aposta do governo para reequilibrar as contas. A medida é impopular e tem resistência do Congresso e de empresários, o que dificulta a aprovação
10
Olimpíada
O evento ocorrerá em agosto, no Rio, e poderá ser bom ou ruim para a imagem do país, caso obras não fiquem prontas  ou doenças ligadas ao Aedes aegypti (como a dengue e zika) afetem o turismo
11
Zika e microcefalia
O país passa por epidemia de microcefalia. A principal suspeita é que o vírus zika, para o qual não há vacina, seja a causa. O ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB), tem dado declarações atrapalhadas e desagradado Dilma
12
Eleições municipais
Em meio à pior crise de imagem, o PT encara as eleições com a missão de defender seu legado nos meios de comunicação –mas deve ser alvejado por adversários, que podem se apoiar na rejeição à sigla para angariar votos
Fonte: Pensa Brasil

Compartilhe isso:

  • WhatsApp
  • Imprimir
  • Tweet
  • Telegram
  • Threads
Tags: BrasilDilmaEduardo CunhaLava JatoLulaPT

Podcast

Folha Nobre - Desde 2013 - ©

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In

Add New Playlist

No Result
View All Result
  • Todas Notícias
  • Rondônia
  • PodCast
  • Expediente

Folha Nobre - Desde 2013 - ©

Este site usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso de cookies. Visite a página Política de Privacidade.