Os casos confirmados de microcefalia no Brasil subiram para 404, segundo boletim do Ministério da Saúde divulgado nesta terça-feira. No último levantamento, anunciado na semana passada, o número de registros confirmados de microcefalia era de 270. Outros 3.670 casos suspeitos ainda estão sendo investigados pelas autoridades, e 709 foram descartados. As notificações foram registradas desde o início das investigações, em outubro, até 30 de janeiro.
Do total de casos confirmados de microcefalia, dezessete já foram relacionados ao vírus zika através de exames. “O Ministério da Saúde está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos Estados e a possível relação com o vírus zika e outras infecções congênitas”, diz o balanço.
Segundo o levantamento, o país também registrou quinze mortes de bebês com microcefalia ou outra alteração no sistema nervoso – em cinco deles, o vírus zika foi detectado no tecido fetal. Outros 56 óbitos estão em investigação.
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Segundo o informe, os 404 casos de microcefalia foram registrados em 156 municípios de nove Estados brasileiros. A região Nordeste concentra 98% das cidades com casos confirmados e o Estado do Pernambuco continua com o maior número de municípios com ocorrências de microcefalia (56), seguido dos Estados do Rio Grande do Norte (31), Paraíba (24), Bahia (23), Alagoas (10), Piauí (6), Ceará (3), Rio de Janeiro (2) e Rio Grande do Sul (1).
Emergência – Na segunda-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou emergência sanitária internacional por causa do avanço do zika e sua provável relação com casos de microcefalia. A entidade anunciou a criação de uma unidade global para conter o surto e manifestou seu temor de que a epidemia se estenda pela África e a Ásia.
A América do Sul é até o momento a região com maior número de casos de zika, particularmente o Brasil, com mais de 1,5 milhões de infectados desde abril, e a Colômbia, com 22.000 casos.
(Com Estadão Conteúdo)
Fonte:Veja