Conforme O Antagonista, o custo de uma torre de celular varia de R$ 300 mil a R$ 500 mil. Foi esse o preço que a Oi teve que pagar para que o alcance do sinal do sítio de Lula em Atibaia.
Companhias de celular costumam pagar entre R$ 2 mil a R$ 10 mil pela locação dos terrenos onde instalam suas torres. São contratos de dez anos.
Veja o que O Globo publicou:
“A instalação de uma antena de celular em um terreno vizinho ao sítio utilizado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Atibaia, no interior de São Paulo, tem deixado curiosos moradores do local. Não há sinal de celular na estrada Clube da Montanha e o único ponto em que é possível falar ao telefone é próximo à antena, da operadora Oi”.
Um morador de 76 anos, que vive no Clube da Montanha há pelo menos 30 anos, disse à reportagem:
“Quando começaram a colocar a antena naquele lugar eu perguntei para um dos operários porque não estavam colocando na parte mais alta do bairro. Ele me disse que ali era o melhor lugar. Como não sou técnico, não pude contestar. Mas agora que apareceu essa história da reforma do sítio do Lula a gente fica com a pulga atrás da orelha”.
Outro morador de 52 anos, que vive na região há 36 anos, acrescentou:
“O que chama a atenção é que nenhum celular, de nenhuma operadora, pega aqui na região. Aí de repente instalam uma antena bem do lado do sítio do Lula, na mesma época da reforma, e num lugar que não parece ser o mais adequado, porque não é a parte mais alta do bairro. É estranho porque a gente pede isso há mais de dez anos. Tem um terreno lá em cima para isso até”.
E mais…
A força-tarefa da Lava Jato vai pedir agora o histórico de chamadas tentadas, geradas e recebidas por meio daquela torre.
O pedido do MPF engloba os últimos três anos, pois a licença de operação dessa ERB (Estação Rádiobase) foi concedida em 2013.
Para agilizar o processo, a Lava Jato vai restringir o pedido a determinados celulares usados por pessoas citadas na investigação, o que inclui familiares de Lula e os donos formais do sítio, Jonas Suassuna e Fernando Bittar.
O objetivo da quebra do sigilo das chamadas feitas por meio da antena da Oi instalada ao lado do sítio de Atibaia é mostrar quem frequentava o local.
A Lava Jato poderá checar se Jonas Suassuna e Fernando Bittar, que se dizem donos do sítio, fizeram ou receberam ao menos uma chamada.
O mesmo raciocínio vale para registros que mostrem telefonemas de Marisa, de José Carlos Bumlai e de seguranças de Lula.
Com informações de O Antagonista e O Globo