Desde que a operação Lava-Jato foi deflagrada que há suposições sobre esquemas de corrupção que envolvem diretamente a figura da presidente Dilma Rousseff, mas nenhuma evidência havia colocado contra a parede a presidente. Isso até ser divulgada ontem na imprensa nacional a possível existência de áudios que comprovam pedido de propina a executivos da Andrade Gutierrez para a campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Apesar da economia estar em frangalhos e o governo cada vez mais enfraquecido, o PT e o Palácio do Planalto se apegavam a tese de que não havia motivos para cassar a presidente, e qualquer movimento neste sentido seria uma tentativa de golpe. Com esse fato novo, o argumento de golpe cai por terra. Uma vez que Dilma pode ter sido beneficiária de um esquema de corrupção com as construtoras que está sendo colocado ao avesso, não haveria mais nenhum argumento plausível para manter a presidente no cargo.
Essa pode ser a bala de prata que faltava para dar start ao começo do fim do governo Dilma. Na prática o governo não começou. Não se tem registros na história do país de um governo tão sem pé nem cabeça quanto o de Dilma. Nem mesmo o de Collor, que sofreu o impeachment em 1992, era tão desajustado quanto o atual governo.
A saída de Dilma Rousseff pode servir como uma ação pedagógica para a classe política e permitir, assim como em 1993/1994, que um novo governo possa dar um novo rumo ao país. Não existe mais essa história de golpe com a saída de Dilma. Se comprovado o benefício da campanha do PT de financiamento ilegal, a cassação da petista é a única alternativa para manter o pouco que resta das instituições brasileiras.
A implosão do governo Dilma pode ser o primeiro passo para o Brasil começar a sair do caos que a presidente o colocou.
Fonte: Leiaja