O deputado Marco Feliciano esteve presente no quadro ‘De Cara Com a Verdade’, no programa Você na TV do apresentador João Kléber.
Feliciano se defendeu de acusações homofóbicas e atribuiu à imprensa o modo equivocado como foi rotulado, a rejeição que possui hoje por parte dos homossexuais. “A grande mídia me colocou como perseguidor, assassino e outras coisas mais, [coisas] que eu nunca fiz. Tanto é que não houve nenhum crime. Eu tinha mais de trinta processos em questões de homofobia e, graças a Deus, fui inocentado de todos por unanimidade pelo Conselho do Supremo Tribunal Federal. O que houve foi que venderam uma imagem que não é a minha. Tanto é que, quando eu comecei a ir aos programas de televisão, as coisas mudaram. Antes eu não podia sair na rua, porque eu era atacado. Hoje, as pessoas me param, me cumprimentam e falam que entendem o meu pensamento. Eu sempre separo isso, têm os homossexuais e os ativistas gays. Os que não gostam de mim, fizeram manifestações, me xingaram e me humilharam são os ativistas. E qual a diferença dos ativistas? Eles recebem muito bem pra isso”, declarou Feliciano.
Ao apresentador João Kléber, Feliciano relatou histórias de dentro da Câmara dos Deputados, classificando os episódios como uma encenação. “Quando você liga na TV Câmara e vê aquele Plenário grande – o Plenário Ulysses Guimarães – sendo presidido pelo Eduardo Cunha e vocês veem tudo aquilo acontecer, tudo aquilo nada mais é do que um mero teatro. Tudo aquilo já foi resolvido dentro da sala do presidente com trinta deputados que são os líderes partidários. Quem manda no Congresso Nacional são trinta líderes partidários (…). Então, a maioria dos deputados mal sabem o que está sendo votado”, afirmou.
Ainda na entrevista, Feliciano revelou que, no momento da aprovação de alguma lei ou projeto, dentre os 513 deputados, existem os famosos ‘deputados de balcão’ – estes têm um preço pelo seu voto. “O preço deles é um cargo. É uma comissão. É sentar com o governo. É fazer as emendas serem liberadas. Nesse final de ano, sabe-se Deus quantos deputados foram cooptados pelo Governo para mudarem de opinião. Eu tenho amigos congressistas que trabalham comigo e me ligaram dizendo que não dá mais para caminhar a respeito do impeachment da Dilma. Eu perguntei ‘por que não dá?’ e eles disserem que o partido foi chamado pelo Governo e liberou ‘umas coisas’. Mas o que você espera do país mais corrupto do mundo?”, concluiu ele.
Quando questionado se um deputado deve ser preparado para assumir o cargo no Plenário, o político desabafou que essa é uma questão vivida por países democráticos. “Essa é a beleza e a feiura da democracia. A democracia dá o direito de todas as pessoas se candidatarem. Há um limite, é claro. Eu acredito que deveria ter um mínimo de limite, por exemplo, saber ler e escrever é o mínimo que o candidato deveria ter”, desabafou Feliciano.
Fonte: Política Ao Minuto