O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou que a presidente Dilma Rousseff tem consciência de que a popularidade do governo não vai mais se recuperar até o final do mandato, em 2018. A declaração foi feita na segunda-feira (15), em um jantar com um grupo seleto de empresários, em São Paulo.
Wagner também revelou que, ciente dessa limitação, a presidente estaria realmente empenhada em deixar um legado para o país: a reforma da Previdência Social. O conteúdo da conversa com os empresários foi divulgado nesta terça-feira (16) pelo colunista Fernando Rodrigues, do Uol.
No jantar, o ministro acrescentou que precisaria de apoio de empresários para que o projeto pudesse prosperar no Congresso. A conversa também falou sobre a dificuldade que o governo tem dentro do próprio Partido dos Trabalhadores em torno do tema.
O governo pretende que, a partir de 2027, a Previdência Social seja unificada, quando haveria apenas um modelo para homens, mulheres, funcionários públicos e trabalhadores do setor privado, tanto urbanos quanto rurais.
Repercussão
Os empresários que estiveram no encontro teriam ficado satisfeitos com as declarações do ministro. No entanto, fizeram perguntas recorrentes sobre gastos públicos. Wagner foi realista e afirmou que as despesas do governo vão continuar aumentando, pois isso é inevitável, mas que o índice deve ser abaixo do PIB.
O colunista também revelou que os participantes do encontro falaram sobre a CPMF, imposto sobre movimentação financeira que o governo quer ressuscitar. Nenhum dos empresários teria sido a favor da volta da tributação.
Fonte: Tribuna Online