Cinquenta Reais cobrados a mais, no cartão de crédito de um suposto cliente, teria motivado o assassinato de um homem de 26 anos na tarde desta quinta-feira (18), em Porto Velho. O crime aconteceu na recepção do motel onde a vítima trabalhava, no bairro Lagoa, Zona Central da cidade. Um caminhoneiro, apontado como principal suspeito do crime, foi preso em flagrante, minutos depois da execução. O caso foi registrado na Central de Polícia.
vítima (Foto: Toni Francis/G1)
Segundo testemunhas teriam dito à Polícia Militar, o assassino chegou ao motel de moto e pediu para entrar para falar com o pessoal da recepção. Assim que o portão foi aberto, o suspeito teria descido da moto já atirando.
O atendente, que seria o marido da dona do motel, foi atingido na cabeça, no braço e na mão. Após os disparos, o homem tentou fugir por outro portão, mas como estava trancado, ele abandonou a moto e o capacete que usava e pulou o portão.
Com o número da placa, os policiais conseguiram identificar o proprietário da moto, um frentista, que foi detido ao tentar registrar boletim de ocorrência de roubo de veículo. À polícia, o frentista teria dito que havia emprestado a moto para um caminhoneiro e que ele (caminhoneiro) teria alegado que a moto tinha sido roubada. O motorista foi localizado e preso. Testemunhas teriam identificado ele como autor dos disparos.
O homem teria dado o cartão de crédito para pagar as despesas, mas a máquina da recepção do estabelecimento não funcionou e o cartão foi passado em outro motel. O valor a ser cobrado seria de R$ 100,00, mas, segundo a polícia, foi debitado R$ 150,00. “Esse valor cobrado a mais teria sido o motivo do homicídio”, disse o sargento Gusmão.
De acordo com outros funcionários do motel, uma mulher também teria sido agredida com uma coronhada na cabeça. “Há rumores de que ele (suspeito) teria ido matar a mulher, mas o rapaz tomou a frente e acabou assassinado”, revelou um agente da Delegacia de Homicídios.
Para comprovar se o caminhoneiro é realmente o autor da execução, peritos da Polícia Civil realizarão exame papiloscópico para verificar se há digitais na moto, no capacete e no portão que o atirador pulou. “Com o resultado desse exame poderemos atestar se ele (caminhoneiro) é o autor dos disparos ou não”, explicou o investigador.
Fonte: G1