Ronaldo Fenômeno voltou ao San Siro no sábado para assistir a vitória da Inter sobre a Sampadória por 3 a 1, pelo Campeonato Italiano. No entanto, ele não foi muito bem recebido pela torcida.
Como defendeu também o Milan, ele foi ofendido. Em entrevista à Gazzetta dello Sport, o ex-camisa nove minimizou o fato e afirmou que recebeu carinho na cidade durante a semana e que uma “minoria” o vaiou.
“Eu não estava esperando nada, não me perguntava “o que vai acontecer?”. E, acima de tudo, eu não fui para San Siro para ver o que ia acontecer, mas apenas porque queria retornar àquele estádio. Por que (estaria arrependido)? Eu andei por Milão por quatro dias e não fiz nada além de tirar fotos e dar autógrafos. Não sabe quanta gente me parou com carinho. Aqueles que me insultaram no sábado à noite foram uma minoria. De qualquer forma, não posso ficar irritado com aqueles que não sabem a verdade ou não entenderam”, disse.
Por outro lado, o craque brasileiro entrou para o Hall da Fama do futebol italiano em uma cerimônia realizada no Palazzo Vecchio, em Florença, nesta segunda-feira. O prêmio havia sido anunciado no ano passado, mas o evento definitivo para a inclusão ocorreu hoje.
O ex-atacante, que atuou pela Inter e Milan, disse se sentir “em casa” na Itália e contou que o país representou o maior desafio que teve na carreira.
“Eu rodei muito nessa vida, mas onde me sinto em casa é na Itália. E ainda o futebol italiano me fez tirar o melhor de mim.
Foi o mais difícil, mas também o mais bonito que já joguei. A minha história é ainda mais bonita porque joguei na Itália”, disse ao receber a homenagem.
Ronaldo ainda ressaltou que “espera que as pessoas tenham se divertido ao vê-lo jogar” e disse que o “futebol me ensinou tudo na vida”. O brasileiro ainda não fugiu da polêmica ao ser questionado sobre o imbróglio do futebol italiano neste final de semana, quando o técnico da Roma, Luciano Spaletti, tirou o ídolo Francesco Totti da concentração por desavenças.
“Francesco Totti fez história no futebol italiano e na Roma, onde fez toda a sua carreira, e merece respeito. Ele é quem tem que decidir quando parar, quando se aposentar. Nós fazemos esse trabalho porque o amamos muito, não só porque somos pagos para isso. Não conheço um jogador sequer que jogou sem ter paixão”, destacou.
O “Fenômeno” jogou pela Inter de Milão entre os anos de 1997 e 2002 e pelo Milan na temporada 2007 a 2008, onde teve grandes conquistas individuais, com os prêmios de Melhor do Mundo em 1997 e 2002.
O “Hall da Fama” do futebol italiano foi criado em 2011 pela Federação Italiana de Futebol (Figc) e conta com 47 estrelas. Na cerimônia desta segunda, foram incluídas outras 10.
Além de Ronaldo, foram homenageados Gianluca Vialli (jogador italiano), Roberto Mancini (treinador italiano), Corrado Ferlaino (dirigente italiano), Roberto Rosetti (árbitro italiano), Marco Tardelli (ex-jogador italiano), Patrizia Panico (jogadora italiana), Giacinto Facchetti, Helenio Herrera, Umberto Agnelli (prêmios In Memorian).
Fonte: Band