Relatório afirma que alumínio nacional foi parar em território dominado pelos extremistas no Iraque e virou arma
O relatório mostra que mais de 700 componentes, cabos e outros produtos químicos de diferentes países foram utilizados pelo Estado Islâmico na fabricação de bombas. A empresa brasileira Aldoro, que fabrica pigmentos metálicos de alumínio e pasta de alumínio, é citada no documento.
VENDAS SUSPENSAS
“Brasília nos ligou para dizer que um balde de nosso produto,que pode ser usado em explosivos, havia sido encontrado na Síria”, explicou o diretor da Aldoro, Stassan Martendal, à RFI Brasil. A empresa, que exportava as substâncias para a Turquia e a Jordânia, suspendeu as vendas há seis meses. “É impossível rastrear o que acontece com o produto ao chegar nesses países que fazem fronteira com a Síria”, explica.
Treze companhias turcas participam da cadeia de abastecimento do Estado Islâmico. O relatório chama a atenção para o fato de o país funcionar como “ponto de distribuição” dos componentes usados pelos extremistas. Tratam-se de substâncias explosivas, contêineres e cordas. Esses distribuidores turcos repassaram material produzido no Brasil, China, Índia, Holanda, Romênia e Rússia para intermediários de membros do EI.
Outros componentes, como detonadores, vêm principalmente da Índia e são exportados para o Líbano e a Turquia antes de irem parar nas mãos dos terroristas.
Grupo quer matar Mark Zuckerberg
Hackers do Estado Islâmico anunciaram que os mais recentes focos do grupo são o dono do Facebook, Mark Zuckerberg, e o do Twitter, Jack Dorsey. Em vídeo, o Exército dos Filhos do Califado, divisão de hackers do Estado Islâmico. ataca o fato de que o Facebook e o Twitter têm fechado contas de extremistas.
O vídeo não menciona ameaças verbais contra Zuckerberg e Dorsey, mas mostra a imagem dos dois executivos do setor de tecnologia com buracos de bala e fogo. Representantes do Facebook e do Twitter não quiseram comentar o vídeo.
Fonte: O Dia