Diante da pressão de secretários estaduais e municipais, que foram a Brasília (DF) pedir ajuda ao governo federal, o Ministério da Saúde vai investir de 8 milhões reais a 10 milhões de reais em pacote de medidas para que as redes locais agilizem o diagnóstico de microcefalia. Segundo os últimos dados, o número de crianças enquadradas como suspeitas de terem a doença, mas sem confirmação por meio de exames de imagem, chega a 4.107. O mutirão deve começar nesta segunda-feira no Rio de Janeiro (RJ), onde há 250 bebês nessa situação.
Funcionários da Ouvidoria do Ministério da Saúde já começaram a fazer contato com as mães, indicando os serviços em cada região do País. No Rio, a triagem deve ficar centralizada no Rio Imagem. Depois da medição da cabeça, feita no momento do nascimento e 24 horas depois, os bebês classificados como suspeitos de ter microcefalia precisam fazer uma ecografia e, caso reste dúvidas, uma tomografia.
Embora seja essa a diretriz do governo federal, protocolos adicionais têm sido montados por cada Estado. No entanto, nem todos conseguem cumprir. Os problemas vão desde a distância entre a casa das famílias e os serviços de referência, sobretudo as que moram no interior, à falta de capacidade dos centros de atendimento de fazer os exames. (AG)