O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva decide até sexta-feira se aceita o convite da presidente Dilma Rousseff para assumir um ministério. A informação foi dada pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão, em entrevista exclusiva ao É Notícia, da RedeTV!, que será exibida de segunda-feira (14/03) para terça (15/03), à 00:30h. Falcão defendeu o ingresso de Lula no governo como uma espécie de “primeiro ministro”.
“Na prática, seria ministro com autonomia, poderes e autoridade especiais”, afirmou. “Uma espécie de primeiro ministro, sem parlamentarismo nem semipresidencialismo”.
Se entrar no governo, Lula passará a ter foro privilegiado, o que deverá transferir para o STF a investigação da Lava Jato sobre o tríplex do Guarujá e o sítio de Atibaia. Falcão rebateu possíveis críticas: “Lula não tem culpa. Não deve nada. (A entrada no governo) seria um ato de coragem para ajudar o Brasil”.
Na entrevista gravada domingo (13), Falcão minimizou o impacto das manifestações pró-impeachment. Preferiu dar ênfase às vaias e críticas de alguns manifestantes ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e ao presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves.
Ao falar da recessão, Falcão disse que a presidente Dilma se mostra “sensível a mudanças na economia”. Segundo ele, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, foi receptivo a sugestões do PT, como “baixar juros, aumentar crédito e usar parte das reservas (internacionais)”.
Sem especificar, garantiu que o ministro adotará algumas das medidas propostas. Além disso, previu uma redução gradual na taxa de juros ainda este ano.