Mesmo todo encrencado o ex-presidente Lula bateu o martelo nesta terça-feira (15) e decidiu aceitar o convite feito pela presidente Dilma Rousseff para integrar o mais alto escalão do governo federal.
Ainda não se sabe qual será o ministério que o petista vai assumir. Lula é cotado para a Secretaria de Governo, comandada por Ricardo Berzoini, ou para substituir Jaques Wagner na Casa Civil – pastas hoje nas mãos de petistas, o que evita conflito com aliados da base para abrigar Lula.
Esta decisão foi tomada antes da divulgação de novas revelações feitas pelo senador Delcídio do Amaral em acordo de delação premiada. Delcídio joga o ministro Aloizio Mercadante (Educação) no centro das investigações e também complica Lula, o que pode acabar mudando a composição feita anteriormente.
“Isso já é fato consumado. A delação talvez apenas force o governo a reavaliar a distribuição das pastas”, afirma um parlamentar.
Virtual candidato em 2018, o ex-presidente quer assumir um ministério não de olho em suas pretensões eleitorais ou em busca de ajudar o país no momento de mais profunda crise. Lula, quer, na verdade, ganhar sobrevida nas investigações da Operação Lava Jato: com foro privilegiado, seu caso sai das mãos do juiz Sergio Moro e passa a ser analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).