(ANSA) – O debate sobre privacidade de informação cresceu com a decisão da Apple de não desbloquear o celular de Syed Farrok, jihadista responsável, junto com sua mulher, de ter realizado o atentado de San Bernadino, nos Estados Unidos, que deixou 14 mortos em dezembro do ano passado. E por isso, o aplicativo de mensagens WhatsApp decidiu tomar uma posição sobre o assunto.
O app anunciou que desde esta terça-feira (5), para proteger a privacidade dos seus mais de 1 bilhão de usuários, todas as conversas serão criptografadas, ou seja, elas só poderão ser acessadas por quem estiver mandando as mensagens e por quem as estiver recebendo.
O mesmo vale para os telefonemas, cujas informações continuarão conhecidas apenas pelo transmissor e pelo receptor.
A criptografia, que estava sendo desenvolvida desde 2014 e que é considerada de “ponta-a-ponta”, foi defendida publicamente pelo co-fundador do WahtsApp Jan Koum que afirmou que o sistema não pode ser decifrado por hackers, governos anti-democráticos ou repressores, sistemas de inteligência e nem mesmo pela equipe da plataforma.
Sendo criptografada, cada mensagem que é escrita recebe uma espécie de chave temporária que só consegue ser decifrada pelo celular do receptor quando este abre a conversa.
O novo serviço aparece para os usuários de maneira automática e gratuita. Se a criptografia ainda não aparecer no seu aplicativo, atualize a sua versão. (ANSA)