Com a aprovação na comissão especial que analisa o impeachment da presidente Dilma Rousseff do parecer do relator Jovair Arantes (PTB-GO), que recomenda o prosseguimento do pedido de afastamento da mandatária, o processo que pode levar à segunda queda de um governo no Brasil em menos de 25 anos chega a uma de suas fases mais críticas. Veja abaixo quais são as próximas etapas:
Votação na Câmara
Após a leitura do parecer da comissão e a sua publicação, a Câmara dos Deputados terá até 48 horas para submeter o pedido a votação em plenário. Para que o processo seja instaurado, é preciso ter pelo menos dois terços dos votos na casa, ou seja, 342 de 512. Do contrário, o processo é arquivado. A expectativa é que a deliberação comece na próxima sexta-feira (15), podendo continuar até o domingo seguinte (17).
Senado
O processo será instaurado no Senado se a maioria simples dos 81 senadores votar a favor. Se isso ocorrer, Dilma será afastada e Michel Temer assumirá a Presidência interinamente. Caso contrário, o impeachment será arquivado. Na primeira hipótese, o Senado terá mais 180 dias para julgar de fato o impedimento da mandatária, o que exigirá dois terços dos votos, como na Câmara. As sessões de julgamento serão comandadas pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.
Conclusão
Se dois terços dos senadores votarem pelo impeachment, Dilma passará o cargo para Temer, que governará até 2018, e ficará inelegível por oito anos. (ANSA)