A raiva é boa – e um rosto irado é bom – quando você ouve alguém difamando, caluniando ou falando mal a respeito de uma pessoa que não está presente. Fique indignado! Diga à pessoa para parar de falar mal dos outros! Diga à pessoa para levar o ataque diretamente com a pessoa em questão. Diga a eles que se não puderem falar algo bom, então não digam nada!
Se você sabe ou não, o vento do norte afasta as chuvas de Israel. Eliú escreveu no livro de Jó, “O tempo bom vem do norte.” (Jó 37:22). Estas duas testemunhas estabelecem a nossa fé. Salomão tinha entendimento sobre o tempo (Ec 1:5-7). Para a Palestina, o vento norte era fresco e o tempo claro, o vento sul era morno, o vento oeste húmido e o vento leste seco.
A maior parte dos comentaristas pervertem estas palavras de Deus, da mesma forma que a serpente no Éden, fazendo com que a primeira frase se lê “O vento norte traz consigo a chuva.” Mas até mesmo uma criança pode saber que eles estão errados, com uma simples comparação com o paralelismo da segunda frase! Um semblante irado traz consigo a difamação? Seja Deus verdadeiro! Ele já demoliu a arrogância desses críticos textuais ao manifestar as suas tolices a todos os homens (ICo 1:19-20; 3:19-20)!
Difamação é desacreditar, caluniar ou falar mal de uma pessoa ausente. Deus odeia isto, e Ele a condena em diversas passagens (Sl 15:3; Rm 1:30; IICo 12:20). Difamação é geralmente descrita sob os sinônimos de calúnia, fofoca e murmúrio (Pv 6:19; 10:18; 11:13; 16:28; 17:9; 18:8; 20:19; 26:20-22; Lv 19:16; Sl 50:20; Rm 1:29; IICo 12:20).
Os homens apontam as faltas dos outros na ausência dos mesmos para bajularem a si mesmos direta ou indiretamente. Se puderem destruir o caráter de todas as demais pessoas, eventualmente eles serão os únicos que têm caráter, só que isso nas mentes pervertidas deles! Além do mais, difamação não se justifica pelos fatos revelados serem verdadeiros, pois a verdade pode ferir também uma reputação, que é a essência do crime. Devemos proteger e exaltar a reputação de cada homem tanto quanto for possível.
Homens justos não permitirão difamações em sua presença. Eles odeiam o pecado em si mesmos, e o odeiam nos outros. Eles sentem necessidade de corrigir injustiças e desejam proteger o caráter de todos os homens. Se ouvirem difamações, eles rapidamente põem fim ao fato com um olhar de desaprovação; pois é o dever dos santos advertir os desgovernados (ITs 5:14). Se a pessoa culpada está sob a sua autoridade, eles corrigirão isto ou lançarão fora o ofensor (Sl 101:4-6).
Nem todas as acusações ou o relato a respeito de outros é difamação. Informar as autoridade para o bem da verdade, expondo indivíduos perigosos, protegendo o inocente, ajudando um ofensor, corretamente registrando a história, exemplos ilustrativos prudentes, ou testemunhando na justiça, são ações justificadas de relatos das faltas dos outros (Lv 5:1; Dt 13:12-18; Mt 18:16; At 15:36-41; ICo 1:11; Gl 2:11; ITm 1:20; IITm 4:10,14; IIIJo 1:9).
Se homens sábios e justos atendessem à regra deste provérbio, haveria menos difamação e calúnia de reputações. Homens bons teriam nomes imaculados, e os homens perversos seriam expostos como os seus óbvios inferiores. Todo leitor consciente deverá se certificar que tenha um efeito preservativo neste mundo ao fechar línguas difamadoras.