A Fundação Ulysses Guimarães, ligada ao PMDB, decidiu adiar a divulgação de uma cartilha com propostas para a área social, batizada de “Travessia Social”, que seria apresentada nesta segunda (2). De acordo com a assessoria da entidade, o documento só será divulgado se o Senado autorizar, em votação no plenário, a continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Se a maioria dos senadores optar por dar sequência ao impeachment, o vice-presidente da República, Michel Temer, assumirá o Palácio do Planalto no período de até 180 dias que pode durar o julgamento da petista no Senado. Temer é presidente licenciado do PMDB.
A assessoria da fundação explicou que a decisão de adiar o lançamento do documento foi tomada depois que Dilma anunciou, neste domingo (1º), durante ato de comemoração do Dia do Trabalho, em São Paulo, reajuste nos pagamentos do programa Bolsa Família e correção na tabela do Imposto de Renda de Pessoa Física.
Conforme a entidade vinculada ao PMDB, essas eram algumas das propostas do partido para a área social em um eventual governo Temer.
Embora o processo de impeachment de Dilma esteja em andamento no Senado, ela só será afastada do cargo por até 180 dias se o plenário da Casa decidir dar prosseguimento ao processo. Os senadores devem analisar o afastamento na semana que vem.
Reuniões com Meirelles
Michel Temer passou o fim de semana com a família em São Paulo, mas deve retornar a Brasília nesta segunda-feira para voltar a se reunir, no Palácio do Jaburu, com parlamentares representantes de setores da economia e conselheiros políticos.
À tarde, o vice-presidente se reunirá, segundo sua assessoria, com o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, escolhido por Temer para assumir o Ministério da Fazenda caso o Senado afaste Dilma do comando do Palácio do Planalto.
Além de Meirelles, também devem participar da reunião o presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Moreira Franco, o ex-ministro da Aviação Civil Eliseu Padilha, cotado para a Casa Civil, e o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que pode assumir o Ministério do Planejamento.
Fonte: G1
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