O Ministério Público de São Paulo requisitou ao juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelas ações penais da Operação Lava Jato em primeira instância, o compartilhamento das provas obtidas na 23ª fase da Operação, denominada Acarajé, em que a Polícia Federal apreendeu uma série de documentos com o executivo da Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva Júnior, como a lista de políticos que receberam doações da empresa. O MP de São Paulo concentra-se no entanto, em um manuscrito apreendido com Benedicto que sugere a formação de cartel e o pagamento de propina em obra do Governo Geraldo Alckmin em 2002.
Informando já ter aberto inquérito civil para investigar o caso, e citando reportagem da Folha de S. Paulo de 26 de março que revela a existência de tal documento, o MP de São Paulo pede informações à Justiça Federal do Paraná sobre possíveis provas quanto ao pagamento de 5% em propina na licitação da duplicação da rodovia Mogi-Dutra. O MP pede o compartilhamento do documento, que consta nos autos da Operação com a citação de que R$ 3,4 milhões dos R$ 68,7 milhões recebidos pela Queiroz Galvão pela obra seriam destinados ao “santo”. No mesmo manuscrito, há anotado “acomodação de mercado” e uma divisão da obra entre a Querioz Galvão, vencedora da licitação, e as perdedoras OAS, Odebrecht e Andrade Gutierrez.
Fonte: Universo Online / Portal Paraná
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