Polícia Civil realiza nesta quinta-feira (9) buscas pelo coração de Raine Aparecida Cândida Costa, de 10 anos, que foi assassinada e estuprada em Buenópolis, na região Central de Minas Gerais.
Segundo o delegado Vitor Amaro Bedusch, o criminoso, Jairo Lopes, de 42, acompanha as diligências. “Ele nos disse que havia deixado o coração nos fundos de sua casa, mas lá não está. A região tem muitos animais silvestres e domésticos, que podem ter retirado o órgão do local indicado”, explicou o policial.
Buscas também são feitas próximo à casa da vítima e no local em que o corpo foi encontrado, na zona rural da cidade.
“Assim como ontem, ele confessa o crime e não chora. Disse que arrancou o coração para garantir que a Raiane estivesse morta. Pelo que levantamos, ele não tem filhos”, contou o delegado.
A Polícia Civil também não descarta a possibilidade de magia negra. “Ele usou termos diferentes para se referir ao coração durante o depoimento. Também estamos levando em conta o histórico dele. É um homem sem crença, tem um demônio tatuado nas costas. Mas as investigações estão no princípio”, disse Bedusch.
Lopes foi preso nessa quarta-feira (8) após ser localizado por cerca 15 funcionários de uma fazenda, na zona rural de Curvelo, na mesma região.
O crime
Raiane sumiu após sair de casa sozinha para ir à escola na manhã de quarta-feira (1º). O pai da menina contou à polícia que a filha tinha que voltar para casa às 14h. Como a criança não apareceu, ele foi até a escola, onde foi informado que a vítima não havia aparecido na instituição. Em seguida, o homem foi atrás do motorista do escolar que levava a pequena para estudar.
Ele contou que passou no ponto em que costumava pegar a estudante, mas ela não estava. Após o registro da ocorrência, policiais civis e militares começaram a fazer buscas na cidade.
Na quinta, a estudante foi encontrada na zona rural de Buenópolis. Seu corpo estava coberto. Além de sinais de abuso sexual, ela apresentava várias lesões e uma perfuração no estômago.
Lopes já era procurado pela Justiça por homicídio, um outro estupro e roubo. Ele usava nome falso e, uma semana antes do crime, apareceu no imóvel em que a garota morava.
Fonte: O Tempo