São Paulo – Uma pequena empresa da cidade catarinense de Iporã do Oeste quer colocar as delícias que produz também na mesa dos estrangeiros. A Casa da Cuca do Nono Selli fabrica produtos como biscoitos de polvilho, amendoim crocante, torradinhas e merengados e deve fazer a primeira exportação neste mês de junho para os Estados Unidos. Entrar no mercado da América Latina é o segundo passo projetado pela empresa. A exportação para os países árabes não é descartada pelo diretor geral da indústria, Gilberto Schneider.
A Casa da Cuca do Nono Selli ganhou espaço no mercado brasileiro principalmente pela característica dos seus produtos. “Nossas receitas são extremamente tradicionais, caseiras e familiares. Buscamos sempre evidenciar o sabor caseiro”, afirma Schneider. O chef da produção é Augusto Selli, o Nono Selli, um dos fundadores, que tem 63 anos e trabalha com panificação desde os 12 anos. “Já são 50 anos de know-how”, afirma o diretor geral.
A empresa produz 150 mil pacotes de biscoitos por mês, em média, em sua unidade industrial em Iporã do Oeste. É fabricada uma grande variedade de biscoitos: de fubá, coco queimado, amanteigado, de melado, de milho, de nata, de nata com canela, de mel com chocolate, entre outros. Há também no catálogo produtos como cuca, um tipo de pão doce e recheado tradicional do Sul do Brasil, flocos de arroz, amendoim crocante, broa, biscoito salgado, palitinhos, pé de moleque, rapadura, torradinhas, suspiro ou merengados, entre outros.
A distribuição no mercado brasileiro é feita para os três estados da região Sul, que são Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, além de São Paulo, que fica na região Sudeste, e para a rede Walmart nos estados do Mato Grosso e Rondônia. Em um raio de 300 quilômetros da indústria os produtos chegam a pronta entrega por caminhões.
O mercado externo a Casa da Cuca do Nono Selli começou a trilhar com a participação em um projeto do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) de Santa Catarina, que tem por objetivo ampliar exportações de pequenas indústrias catarinenses. Em um processo seletivo com 528 empresas inscritas, foram escolhidas 50 companhias no começo do ano passado, entre elas a Casa da Cuca do Nono Selli.
Em função do projeto, houve capacitação em comércio exterior e as empresas participaram de uma missão empresarial aos Estados Unidos entre abril e maio de 2015. O programa acabou ajudando a abrir as portas do mercado norte-americano, que deve ser o primeiro no exterior a receber as delícias da Casa da Cuca do Nono Selli. Mas Schneider já está pensando também na entrada no mercado latino-americano. “Acredito que há um bom potencial, pois oferecemos produtos naturais e saudáveis, de ótimo sabor, com qualidade diferenciada e sem adição de conservantes químicos”, diz o diretor geral.
O empresário tem vontade de vender também para o mercado árabe, mas acredita que isso deve ficar para o futuro, pois antes precisa fazer um estudo sobre o mercado local e adaptar seus produtos para as exigências da região. “Como fizemos para o mercado norte-americano”, afirma Schneider.
A Casa da Cuca do Nono Selli foi fundada em 2002 pelo Augusto Selli, juntamente com Gilberto e Graziella Schneider, esta última filha do Nono Seli. O começo das atividades na área foi como padaria, mas o diretor geral conta que desde o início o objetivo era ter uma indústria. O crescimento da padaria foi contínuo, cerca de 30% ao ano, e em 2012, quando foi transformada em indústria, o crescimento do negócio foi de 102%. Os lançamentos são de pelo menos dez itens a cada ano.
Contato:
Casa da Cuca do Nono Selli
Site: www.casadacuca.com.br
Telefone: +55 (49) 3634-1993
Fonte: Isaura Daniel / Agência de Notícias Brasil – Árabe