O número de pessoas que declararam usar medicamentos para dormir, no Brasil, chegou a 15,2 milhões, o que equivale a 7,6% da população, segundo a PNS (Pesquisa Nacional de Saúde), feita em 2013 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e que nesta quinta-feira (30) teve divulgada sua quarta etapa.
O número, obtido em um total de 81,254 milhões de domicílios, é idêntico ao total de pessoas com diagnóstico de depressão. Na pesquisa anterior, feita em 2008, a quantidade era de 4,1% da população, o que indica um crescimento de 3,5% de pessoas com depressão no País.
Foi revelado ainda que 13,7% da população fez uso abusivo de álcool nos 30 dias anteriores à pesquisa. Entre a população desocupada, a quantidade de pessoas que abusaram do álcool chegou a 20,5% (contra 17,6% das ocupadas).
Em 2013, 21,5 milhões de pessoas de 18 anos ou mais fumavam tabaco, o que equivale a 14,7% da população e outras 21,2 milhões (14,5%) faziam faziam uso do cigarro.
A quantidade aponta um decréscimo em relação à década anterior quando, em média, segundo pesquisas, o número de fumantes ultrapassava 30% da população. Especialistas apontam que a queda se deu em função das restrições à propaganda de cigarro e maior conscientização da população.
Das doenças crônicas não transmissíveis, segundo a PNS 2013, as três mais comuns foram hipertensão arterial (atingindo 31,3 milhões de pessoas), colesterol alto (18,4 milhões) e dor nas costas (27 milhões). O estudo dá a entender que, apesar do crescimento de epidemias como a de zika, houve um crescimento significativo das doenças crônicas não transmissíveis.
Em relação a planos de saúde médicos ou odontológicos, 30,2 milhões de pessoas ocupadas (32,5%) tinham este tipo de cobertura, enquanto 926 mil pessoas desocupadas eram cobertas por algum plano, o que equivale a 16,3% dentro deste universo.
Violência entre a população
Realizada a cada cinco anos, a pesquisa voltou-se também para a questão da saúde no ambiente de trabalho, trazendo ainda informações como atividade física durante o trabalho, ocorrência de DORT (Distúrbio Osteomolecular Relacionado ao Trabalho) e turno de trabalho dos brasileiros.
O estudo apontou ainda que 4,6 milhões de pessoas no País declararam ter passado por algum tipo de violência ou agressão (sexual, física ou psicológica). Em relação ao trabalho de pessoas com deficiência (intelectual, motora, auditiva ou visual), a remuneração mensal das mesmas era em média de R$ 1.499, 00, 11,4% menor do que as consideradas sem deficiência, de R$ 1.693,00.
A população residente no Brasil era estimada em 200,6 milhões de pessoas, de acordo com a PNS 2013. Deste universo, 80,0% eram considerados com idade para trabalhar (acima de 14 anos), divididos em 57,9% de popupação ocupada (com algum tipo de trabalho), 38,5% de pessoas fora da força de trabalho e 3,5% de população desocupada na ocasião.
Fonte:R7