segunda-feira, 9 junho, 2025
No Result
View All Result
Folha Nobre
  • Todas Notícias
  • Rondônia
  • PodCast
  • Expediente
Folha Nobre
No Result
View All Result
Folha Nobre
No Result
View All Result

USP abre sindicância para investigar pesquisador da fosfoetanolamina

11/07/2016
in Saúde

A Universidade de São Paulo (USP) abriu uma sindicância para investigar a atividade do químico Gilberto Chierice, pesquisador que desenvolveu a fosfoetanolamina sintética, a chamada ‘pílula do câncer’, nos laboratórios do Instituto de Química em São Carlos. A universidade informou nesta segunda-feira (11) que “apura uma eventual infração funcional referente à confecção e à distribuição da substância”. A USP diz ainda que o pesquisador pode ter a aposentadoria cassada.

Segundo o advogado Fábio Maia Soares, que representa o pesquisador, a USP tinha ciência da pesquisa desde o início. “Não existe base legal para o que estão tentando apontar. A diretoria sempre soube que a fosfo era produzida ali dentro por conta de um convênio que a própria USP firmou como hospital Amaral Carvalho, de Jaú. O professor designado para atender esse convênio foi o professor Gilberto. Nunca nada foi feito fora do padrão do que havia sido combinado”, disse.

Desenvolvida no campus de São Carlos para o tratamento de tumor maligno, a substância é apontada como possível cura para diferentes tipos de câncer, mas não passou por esses testes em humanos e não tem eficácia comprovada, por isso não é considerada um remédio. Ela não tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e seus efeitos nos pacientes ainda são desconhecidos.

USP alega prejuízos
A sindicância ocorre a pedido do reitor, Marco Antonio Zago. Apesar de confirmar a sindicância, a USP não deu mais detalhes porque o processo tramita sob sigilo.

Segundo o advogado do pesquisador, a reitoria pede o cancelamento da aposentadoria de Chierice, alegando que o volume de processos ajuizados em relação à USP prejudicou a universidade e que houve risco na forma como foi conduzida a pesquisa, produção e distribuição da substância.

Ainda de acordo com o defensor, na última sexta-feira (8) o pesquisador foi convocado pela USP para participar de uma audiência interna em que estiveram presentes uma médica, uma professora de química, um professor de farmácia e o departamento jurídico da universidade.

O químico Gilberto Chierice, pesquisador que desenvolveu a fosfoetanolamina sintética na USP de São Carlos (Foto: Wilson Aiello/ EPTV)
Sindicância da USP investiga atividades do químico

Cassação da aposentadoria
Questionado sobre a cassação da aposentadoria do pesquisador, o advogado afirmou que não existe a possibilidade. “Ele já é aposentado e, além do que contribuiu no período, não existe falta grave, seja qual for o ângulo de análise. A sindicância veio para analisar para ver se existe alguma situação que a própria USP já deveria saber”, disse.

O advogado afirmou ainda que vai aguardar a conclusão da sindicância, que pode levar até 60 dias. “A gente espera que haja uma análise bastante tranquila e isso seja arquivado definitivamente”, ressaltou.

Em março deste ano, a USP já havia dencunciado o pesquisador à polícia alegando que ele cometeu curandeirismo. O inquérito concluiu que não foram encontradas evidências de crime.

Testes em laboratório
Em 1º de abril, a USP fechou o laboratório que produzia a substância. A fosfoetanolamina passou a ser produzida em um laboratório de Cravinhos (SP), autorizado a produzir a substância para análises clínicas. O laboratório entregou à Fundação para o Remédio Popular (Furp) o primeiro lote da “pílula do câncer” no dia 2 de maio.

Cápsulas de fosfoetanolamina produzidas desde os anos 90 no Instituto de Química de São Carlos (Foto: Cecília Bastos/USP Imagem)
Cápsulas de fosfoetanolamina produzidas desde os

Em maio, o Supremo Tribunal Fderal (STF)suspendeu a lei sancionada  em abril pela presidente afastada Dilma Rousseff quepermitiria o uso do composto antes da conclusão dos testes clínicos.

No início de junho, um teste realizado com 40 camundongos, pesquisadores demonstraram que a fosfoetanolamina foi capaz de reduzir em 34% o tamanho de tumores de pele nos animais que a ingeriram durante 24 dias, uma vez ao dia.

Em novos testes divulgados no meio do mês passado o Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínicos (CIEnP) apontou baixa eficácia contra as células de câncer de pâncreas ou melanoma.

Fonte: G1

Tags: câncerfosfoetanolamina

Podcast

Folha Nobre - Desde 2013 - ©

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In

Add New Playlist

No Result
View All Result
  • Todas Notícias
  • Rondônia
  • PodCast
  • Expediente

Folha Nobre - Desde 2013 - ©

Este site usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso de cookies. Visite a página Política de Privacidade.