Uma análise do US Council of Economic Advisors (Conselho de Assessores Econômicos dos Estados Unidos), vinculado à presidência americana, alertou na semana passada para o alto risco de extinções de algumas profissões por causa da automação no trabalho, quando a tecnologia substitui funções exercidas sem a interferência direta do ser humano. As informações são do site Quartz.
Em discurso, o conselheiro Jason Furman apresentou estudos de pesquisadores da Universidade de Oxford, o qual afirmou que 47% dos empregos nos Estados Unidos estão em risco de serem substituídos, com o desenvolvimento de robôs.
Em relação à OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que também inclui países de continentes como a Europa e Ásia, o risco diminui consideravelmente, chegando a apenas 9% de postos de trabalho ameaçados.
Teoricamente, isso decorre do estilo de vida dos Estados Unidos, com suas necessidades específicas relativas a consumo e a desenvolvimento tecnológico. De qualquer maneira, independentemente dos números, as pessoas com menores salários serão as mais afetadas.
Segundo o conselho, a pesquisa da universidade revelou que 83% das profissões cujo rendimento é menor do que US$ 20,00 (R$ 64,00) por hora são as mais passíveis de serem extintas com a automatização do trabalho.
Em relação às profissões cujo rendimento é superior a US$ 40,00 (R$ 124,00) por hora, a tendência é de que a automatização também tenha um forte impacto em um futuro próximo. Softwares já estão competindo com advogados na pesquisa de documentos, por exemplo.
Furman informou que, mesmo que a automatização, por outro lado, crie mais postos de trabalho e mais riquezas para o país, a tendência é que o dinheiro arrecadado gere uma distribuição ainda mais desigual, causando forte perturbação nas classes menos favorecidas e na classe média.
Fonte:R7