A diversidade fúngica de água doce em ecossistemas de águas pretas, mais precisamente na Amazônia, ainda é desconhecido pela ciência. Mas, uma pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC) registrou 264 indivíduos de fungos, compreendendo 25 táxons (espécies e subespécies) presentes em lagos e igarapés no Amazonas.
O trabalho é resultado da tese de doutorado da técnica do Inpa, a bióloga Ana Cláudia Cortez, no Programa de Pós-Graduação da Rede de Biotecnologia e Biodiversidade da Amazônia Legal (PPG-Bionorte/Universidade Federal do Amazonas – Ufam). O estudo foi orientado pelo pesquisador do Inpa, o doutor em biotecnologia industrial, João Vicente Braga de Souza. Os resultados do trabalho foram publicados recentemente no Journal of Food, Agriculture&Environment.
De acordo com Souza, os fungos aquáticos são importantes como decompositores das madeiras e folhas dentro dos ambientes aquáticos e servem como alimento para pequenos crustáceos e peixes. “Em rios escuros, como o rio Negro, eles fazem o papel das algas do mar, servindo como base da cadeia alimentar”, explica. “Apesar da grande importância biológica desses fungos, poucos trabalhos foram realizados para estudar a sua diversidade”, destaca.
De acordo com o pesquisador, o trabalho também comparou a influência da estação chuvosa e não-chuvosa na biodiversidade da comunidade fúngica em um pequeno lago de água preta, o Parque das Águas San Raphael, que fica na Rodovia Monoel Urbano (AM-070/ Manaus-Manacapuru), no Amazonas.
Com informações do Inpa
Fonte:Portalamazônia