Os micro empreendedores brasileiros têm como ajudar, do dia para a noite, a diminuir em pelo menos três milhões o número de desempregados no país.
Foi isso que disseram lideranças do setor (incluindo o rondoniense Leonardo Sobral, presidente do Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias do Estado).
ao presidente Michel Temer, num longo e proveitoso encontro realizado em Brasília, na semana passada. Sobral resume a proposta: como os micro empreendedores podem ter apenas um empregado, com um faturamento anual entre 60 mil e 81 mil reais, se fosse modificada a lei e esse valor fosse ampliado para 105 mil reais, imediatamente os mais de 3 milhões de empreendedores teriam condições de, imediatamente, cada um, empregar pelo menos mais uma pessoa.
Caso houvesse um acordo com a União (e as negociações estão andando rapidamente, já que Michel Temer parece ter gostado muito da ideia), o desemprego, principalmente para os trabalhadores não especializados, poderiam dar um salto. Veja-se, por exemplo, esse número: no país todo, existem 17 milhões de empresas. Dessas, 15 milhões e 800 mil são micro e pequenas.
E em Rondônia? Leonardo Sobral tem os números na cabeça: temos 119 mil empresas ativas no Estado; 114 mil delas são micro e pequenas. E mais: dessas 114 mil, 43 mil são de micro empreendedores. Ou seja, se tivéssemos 43 mil desempregados em Rondônia, obviamente se criando uma situação hipotética, com uma simples mudança na legislação atual, todos poderiam ser absorvidos do dia para a noite.
Claro que há um longo caminho ainda a percorrer, até que essas negociações avancem e se chegue a um novo patamar na lei. Mas, com tantos milhões de desempregados, com suas vidas atingidas em cheio pela falta de perspectiva no chamado grande mercado, não seria no empreendedorismo o caminho para o reinício? Temer gostou da ideia. Tomara que decida fazer do seu gosto a prática!
QUEREM SER OUVIDOS
Segundo o líder dos micro e pequenos no Estado, o Presidente Temer ficou tão impressionado enquanto ouvia a explanação de Sobral (que passou boa parte da reunião ao lado do Chefe da Nação, na mesa principal), que no meio da explanação mandou chamar o ministro Moreira Franco, para acompanhar os detalhes do projeto e dar a ele imediato encaminhamento.
Os representantes de entidades do setor, de todo o país, também pediram que não sejam tomadas medidas que os afetem, sem que ao menos sejam ouvidos, até pela grande contribuição que dão ou podem dar ainda mais ao país. Todas as ideias ainda são apenas projetos. Claro que assim, resumindo, tudo até parece fácil. Não é. Mas é ao menos um caminho, uma saída, uma alternativa. Os pequenos querem, no fundo, um país grande.
AS NUVENS DA POLÍTICA
Se há alguma verdade incontestável é que a política é a surpreendente e pode mudar em questão de horas. Os 77.500 eleitores cadastrados em Ji-Paraná aptos a votar na eleição municipal de outubro, já estavam sabendo que o atual prefeito Jesualdo Pires não iria concorrer à reeleição. Era assunto definido. Era? Se a política não fosse tão volúvel, era prego batido, ponta virada. Jesualdo ainda não confirma nada oficialmente, mas notícia dada primeiro pelo site rondoniagora, aponta que o quadro pode mudar. Nos próximos dias saberemos, com exatidão, o que tem de verdade sobre o assunto.
QUINTETO NA CORRIDA
A corrida pelas Prefeituras começou, em várias cidades. Em Porto Velho, o PSDB oficializou a dupla Hildon Chaves/Edgar do Boi, do PSDC, que entrou na coligação. O PMDB vem com Willames Pimentel, mas o vice ainda não foi fechado. O nome lembrado até agora é o do Pastor Severiano, do PRB. Mas pode mudar e haver surpresa de última hora. O PSB de Mauro Nazif, que vai tentar a reeleição, faz convenção no próximo sábado, dia 30. Ele ainda está conversando com aliados para escolher o vice. O professor Mário Jorge, cotado, não confirmou. Também no dia 30, no auditório da Unopar, será a convenção do PTB, para homologar Léo Moraes. Seu vice deve ser o médico Amado Raahal. No domingo, dia 31, o quinto elemento: o PR vai lançar Ribamar Araújo em convenção no Ipiranga. O vice ainda não foi definido. O PSOL deve apresentar o sexto nome: Pimenta de Rondônia.
MESA DE NEGOCIAÇÃO
A Secretaria de Segurança do Estado tomou uma decisão drástica, em relação ao ataque armado sofrido por um helicóptero da PM, que acompanhava uma reintegração de posse em Seringueiras: vai abrir uma mesa de negociações. O que se imaginava é que bandido que atira na política seria tratado como bandido e que, a única negociação viável, seria os criminosos serem presos e entregues à Justiça para serem julgados. Mas como no Brasil as coisas viraram mesmo de cabeça para baixo, ao invés de determinar a perseguição e prisão aos meliantes, a PM quer conversar. Ainda bem que a mesma mesa de negociação não sirvam para outros criminosos, senão, estávamos, definitivamente, ferrados!
PERDAS DOLOROSAS
O secretário de Justiça do Estado, Marcos Rocha e sua esposa, dona Luana viveram um final de semana dos mais tristes. Primeiro, tiveram a notícia de que o bebê que o casal esperava tinha sido perdido, num aborto espontâneo. Horas depois, quando os sogros do secretários e pais de Luana vinham para Porto Velho, para ficar junto á filha e consolá-la, ambos morreram num acidente de moto. Num só dia, a família perdeu três dos seus membros. Um, que viria ainda ao mundo e outros dois que seriam os avós do bebê perdido. Todos os amigos e conhecidos do casal compartilharam a extrema dor de todas as perdas. A coluna externa também sua solidariedade ao casal.
PERGUNTINHA
Depois do fiasco inicial da entrega de prédios da Vila Olímpica cheios de problemas, que outros momentos de vergonhosos ainda teremos que viver ante o mundo, durante os Jogos do Rio?
Fonte:Sérgio Pires