Vivemos o ápice de uma crise em nosso país e os profissionais de advocacia de algumas áreas estão enfrentando bastante dificuldades para conseguirem manter seus negócios e, em alguns casos, seus próprios empregos.
No entanto, contrariando os inúmeros pedidos de recuperação judicial divulgados com muito mais frequência do que se gostaria, há 4 áreas na advocacia que estão prosperando diariamente.
Economistas e consultores da área explicam por que essas 4 áreas conseguiram aumentar seus fluxos de trabalho, enquanto as outras assistiram seus lucros minguarem a uma velocidade incrível.
Confira!
Compliance
Atualmente, a compliance deixou de ser uma frente dominada por advogados criminais e passou a ser visto pelos jovens profissionais de advocacia como uma atividade em ascensão e bastante atrativa.
Embora a estruturação da área de compliance no Brasil tenha sido iniciada em 2005, foi por causa da Lava Jato e da Nova Lei Anticorrupcao que a área ganhou destaque.
Por ser uma área relativamente nova, há poucos cursos de compliance. Muitos profissionais que atuam na área vieram das áreas cível, administrativa e até contratual. Experiência com auditoria é um diferencial importante.
Os salários da área variam de R$8 mil a R$30 mil.
Trabalhista
Trabalhar no departamento jurídico de uma empresa e atuar como advogado trabalhista pode cobrir consultoria, prevenção e até o litígio.
O crescente número de demissões fez com que o volume de processos trabalhistas e, com isso, a área ganhou evidência.
O fator que faz com que os escritórios de advocacia e as empresas procurem profissionais qualificados está a desatualização da legislação trabalhista e o seu impacto sobre as empresas com relação ao Direito Sindical.
Recuperação judicial, restruturação de dívida e falência
Em um cenário em que a economia do país está estagnada, empresas com problemas se acumulam. De acordo com os especialistas em economia, o setor da recuperação judicial, restruturação de dívida e da falência se tornou o carro chefe dos escritórios de advocacia.
Os profissionais que atuam nessas áreas são os responsáveis por conduzirem tais procedimentos de recuperação judicial. Eles têm como objetivo ajudar a empresa a sair de uma situação crítica de endividamento, negociando dívidas e créditos.
Só em 2015, o indicador Serasa Expererian de Falências e Recuperações, registrou quase 1300 solicitações de recuperações judiciais, mais de 50% do número registrado em 2014. Até julho deste ano, o Serasa já contabilizou 1.098 pedidos, o que pode levar a um novo recorde em 2016.
Os advogados que mais se destacam nessa área são aqueles que possuem um perfil conciliador e se destacam em negociações. É preciso saber falar inglês e uma especialização no exterior é um ótimo diferencial.
A remuneração fixa de um advogado júnior da área sai em torno dos R$6 mil. O salário do sênior pode chegar a R$25 mil.
Tributário
O profissional que atua nesta área, pode trabalhar com planejamento, controle e gestão de escritórios, acompanhamento de legislação, suporte tributário às áreas de negócios e atendimento à fiscalização, além de oferecer serviços de consultoria.
Com a retomada do CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) houve uma demanda grande de profissionais da área. Por ter sido paralisado por causa da Operação Zelotes da Polícia Federal, a ordem agora é acelerar os processos que já deveriam ter sido concluídos.
A necessidade de um fluxo de caixa maior e de um melhor desempenho financeiro também contribuiu para o crescimento da demanda por estes profissionais, pois o planejamento tributário eficaz resulta em economia de grandes importâncias.
Estes advogados têm salários que variam de R$8 mil a R$15 mil.
Fonte: BlogExamedaOAB