(ANSA) – O ex-general cristão Michel Auon foi eleito o presidente do Líbano nesta segunda-feira (31), após o país ficar cerca de dois anos e meio sem um chefe de Estado. Com isso, Auon torna-se o único presidente cristão de todo o Oriente Médio, liderado por judeu ou muçulmanos.
Segundo consenso da política libanesa, o presidente deve sempre ser cristão enquanto o primeiro-ministro deve ser sunita e o presidente do Parlamento deve ser xiita.
Auon obteve a maior absoluta necessária para a escolha no Parlamento, com 83 votos a favor em um total de 127 parlamentares. Segundo a imprensa local, um acordo entre as forças políticas escolheu o presidente e também confirmará o nome do sunita Saad Hariri para ser o primeiro-ministro.
Com o “acordo”, o Líbano voltará a ter presidente desde o fim da Presidência de Michel Suleiman, que deixou o poder ao fim de seu mandato em maio de 2014. As eleições legislativas, que estavam marcadas para 2013, por causa do impasse passaram para 2017.
Apesar de ser cristão, Aoun é aliado do grupo Hezbollah e conta com o apoio do governo do Irã, de quem já foi inimigo. Por sua vez, Hariri é apoiado pelo governo da Arábia Saudita. As reações positivas internacionais foram unânimes.
O presidente da Itália, Sergio Mattarella, enviou uma mensagem parabenizando Aoun e destacando que a eleição “é um sinal da vontade das forças políticas libanesas de trabalhar em benefício da estabilidade e do progresso do país, em um contexto de unidade reforçada e de soberania nacional”. (ANSA)