Principal item da pauta de exportação do agronegócio de Rondônia, a carne bovina poderá ter uma câmara setorial em breve. Reunião para debater este tema a medidas para melhoria da qualidade da carne foi realizada na Federação das Indústria de Rondônia (Fiero). Entre as sugestões apresentadas durante a reunião, estão a de se criar um selo de qualidade e a certificação das propriedades.
O vice-presidente de Desenvolvimento Econômico da Fiero, Adélio Barofaldi, pontuou que o agronegócio é o maior patrimônio de Rondônia e essa reunião se reveste da maior importância, dado aos atores presentes e à disposição de todos envolvidos na cadeia da carne. “Acredito que todos aqui estão imbuídos dos mesmos propósitos, independentemente da posição que ocupa na cadeia produtiva e na industrialização da carne”, disse Barofaldi.
A reunião contou com a participação de representantes de 3 grandes frigoríficos, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Conselho Regional de Medicina Veterinária, Federação do Comércio, Federação da Agricultura e `Pecuária, da empresa certificadora SBC; do Idaron; do Ministério da Agricultura, da Embrapa, do Instituo Federal de Rondônia (Ifro) e da Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), debateu ainda propostas para melhorar a produtividade do rebanho bovino de Rondônia e, consequentemente, melhorar o preço que os frigoríficos pagam pelo arroba.
Outro assunto de interesse tanto dos criadores quanto do Governo do Estado é quanto à possibilidade de criação de um selo verde, para agregar valor ao agronegócio de Rondônia. A base para este programa será a experiência vivenciada em Mato Grosso do Sul, onde também foi implantado os programas denominados ‘Selo Verde’ e ‘Novilho Precoce”. Neste último, o objetivo final é conseguir levar ao abate um boi de 24 meses pesando 22 arrobas.
O selo, segundo o presidente da Faperon, Hélio Dias, é o caminho para alcançar a melhor qualidade e também para ampliar a divulgação dos produtos com a marca Rondônia.
Especialistas da Embrapa e de uma empresa de certificação de propriedades também participaram da reunião, mostrando as boas práticas adotadas pelos produtores e pelo Governo do Mato Grosso do Sul.
Ao encerramento da reunião, Adélio Barofaldi enfatizou a importância de se conscientizar o produtor para aumentar a produção sem perder de vista a qualidade exigida pelo mercado. Adélio também disse que o que o produtor deseja é ter uma relação comercial transparente com os frigoríficos, “como esta conversa que estamos tendo nesta reunião. Não existe pecuarista sem frigorífico, mas também não existe frigorífico sem o pecuarista”, acentuou.
Ficou definido que no próximo encontro serão apresentados os nomes para compor a Câmera da Carne e para tratar dos assuntos relacionados à cadeia produtiva da carne em Rondônia.