Existem diversas espécies de cogumelos comestíveis e cada uma delas é rica em substâncias importantes para a saúde e que podem até mesmo ajudar a prevenir doenças graves. Com a ajuda de especialistas, listamos os principais benefícios proporcionados por estes fungos e apontamos quais os tipos que podem oferecer este auxílio.
Não existe uma quantidade exata recomendada de cogumelo. “Acredito que em torno de 250 a 300 gramas por semana seja interessante para uma alimentação balanceada”, estima Priscila Credendio. O excesso do alimento não acarreta problemas para a saúde, a única questão é que algumas pessoas podem ser alérgicas.
O cogumelo e o câncer
Estudos preliminares apontam a relação entre o cogumelo e o tratamento do câncer, isto porque o alimento é rico em beta-glucanas, especialmente a lentinana. “Essa substância estimula o sistema imunológico, especialmente células chamadas de natural killer que destroem as células cancerígenas”, explica o oncologista e mastologista Jorge Laerte Gennari.
Jorge Genari utiliza comprimidos de cogumelo-do-sol como parte do tratamento do câncer de mama. “Tenho 400 pacientes em observação para saber se o cogumelo auxilia no tratamento deste câncer. Porém, isso não invalida a recuperação convencional, como cirurgia e quimioterapia, ele não é milagroso”, alerta Genari.
A mesma substância também pode ser interessante para o tratamento de portadores do vírus HIV. “Afinal, como as beta-glucanas melhoram o sistema imunológico, elas também podem ser interessante para o tratamento desta doença, contudo, estudos mais detalhados ainda são necessários”, diz Genari.
O cogumelo que possui maiores quantidades de beta-glucanas é o cogumelo-do-sol, Agaricus brasiliensis. Porém, o champignon de Paris e o shitake também contam com esta substância benéfica para o organismo.
Bom para quem tem doenças na tireoide
Alguns estudos apontam que certos tipos de cogumelos possuem compostos que agem no metabolismo e podem auxiliar no controle de alguns hormônios. Alguns deles são os secretados pela tireoide, portanto o consumo do alimento é interessante para quem tem doenças na tireoide como o hipertireoidismo e o hipotireoidismo.
Ação antimicrobiana
Alguns cogumelos se destacam pela ação antimicrobiana e assim podem combater alguns micro-organismos prejudiciais para o organismo. Isto ocorre porque em seu ambiente natural os cogumelos necessitam de compostos antibacterianos e antivirais para sobreviver. Alguns estudos iniciais apontaram inclusive melhora de sintomas do HIV após o consumo do fungo.
Certas espécies se destacaram por sua ação antimicrobiana. “O pleurotus salmon possui esta atividade comprovada contra certas bactérias por conter a substância pleurotina”, explica biotecnóloga Priscila Credendio, mestre em Ciência dos Alimentos. Segundo a bióloga Sascha Habu, o shitake, o funghi e o cogumelo dourado também possuem ação antimicrobiana.
Ação antioxidante
Os cogumelos possuem forte ação antioxidante, ou seja, agem combatendo os radicais livres do organismo. “Isso implica positivamente em várias doenças humanas como o câncer, a artrite reumatoide, cirrose, arteriosclerose, bem como processos degenerativos associados com a idade”, explica Habu.
A ação antioxidante ocorre porque os cogumelos são ricos em vitaminas A e C, betacaroteno, compostos fenólicos, terpenos, entre outras substâncias que possuem este efeito. Os principais tipos que se destacam por essa ação positiva são: champignon de Paris, portobello, cogumelo-do-sol, shitake, hiratake, cogumelo rei e cogumelo salmão.
Rico em ácido fólico
O ácido fólico está presente nos cogumelos, especialmente no shitake. A carência desta substância pode levar a doença cardiovasculares, câncer e desordens mentais, como a doença de Alzheimer, além de resultar na má formação do feto e más formações congênitas.
O nutriente é essencial para as gestantes, pois contribui para evitar malformações neurológicas no feto, já que ele ajuda na construção do tubo neural do bebê. Além disso, um estudo publicado pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, observou que tomar suplementos alimentares de ácido fólico durante a gravidez reduz as chances do bebê nascer com autismo.
Fonte: Minhavida.com