Os representantes do Sindicato dos Mineiros de Candiota, Associação Pró-Carvão, a vereadora Giselma Pereira e o vice-prefeito eleito, Gil Deiso, estiveram reunidos na tarde de sexta-feira com o deputado federal Afonso Hamm, na sede da entidade. O encontro teve por finalidade apresentar os motivos para não privatizar a Companhia Regional de Mineração (CRM), que integra a mobilização “Eu digo Não a privatização. Energia Gaúcha Unida”. Hamm, que é vice-presidente da Frente Parlamentar do Carvão Mineral, manifestou o seu posicionamento contrário à privatização e aderiu à campanha dos trabalhadores da companhia.
Hamm relata que a reunião foi importante no sentido de debater sobre a viabilidade da companhia, que gera diretamente 450 empregos em Candiota e em Minas do Leão. “A CRM é uma empresa pública que gera empregos e que sempre obteve lucros, no entanto, passa a ser deficitária na medida em que é desestimulada pelo governo”, observa o deputado ao acrescentar que a empresa, além de todo conhecimento tecnológico, se preparou fazendo os investimentos em equipamentos para esse novo momento de novos leilões, de novas usinas e é de fundamental importância que siga tendo o papel de participação no setor do carvão mineral.
Modernização
Na oportunidade, o deputado relatou que no Congresso Nacional foi aprovada a criação do programa de modernização, com o propósito de viabilizar as usinas antigas, substituindo por novas inclusive com geração de energia mais eficiente e com menor impacto ambiental e promovendo a geração de mais empregos. “A CRM, criada em 1969, exerce papel vital no desenvolvimento econômico e social do Estado. É uma empresa estratégica na geração de energia e na exploração do carvão mineral, tendo papel fundamental na geração de energia firme e na geração de milhares de empregos”, sintetiza.
Na avaliação do presidente do Sindicato dos Mineiros, Wagner Pinto, a privatização é um desmonte do serviço, é um retrocesso. “Não temos uma empresa pública em uma região em que consegue abranger bastante a parte social e econômica. Hoje, por exemplo, no setor de alimentação da região R$ 408 mil, por mês, que é do vale alimentação da empresa”, relata Pinto ao enfatizar que defende a manutenção do serviço público com responsabilidade.
O presidente do Sindicato também agradece o apoio do deputado Afonso Hamm, que é o defensor das cauãs do carvão mineral, já de longa data. “Lutamos para que não passe na Câmara essas mudanças na lei para privatizar”, conclui.