Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) são alvo de uma operação da Polícia Civil do Paraná na sexta-feira (04). Trata-se da Operação Castra, cujo objetivo é prender 14 pessoas integrantes de uma quadrilha suspeita de furto, roubo, invasão de propriedade, incêndio criminoso, cárcere privado, entre outros crimes.
Um vereador eleito neste ano está entre os suspeitos. A ação acontece em Quedas do Iguaçu, Francisco Beltrão e Laranjeiras, no noroeste do Estado.
A investigação começou em março de 2016 após a invasão de uma fazenda, em Quedas do Iguaçu, quando empregados da propriedade foram mantidos em cárcere privado. O dono da terra disse à polícia que após a invasão sumiram cerca de 1,3 mil cabeças de gado e que teve um prejuízo estimado em R$ 5 milhões.
O secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Wagner Mesquita, deu detalhes sobre a atuação da quadrilha.
Ainda de acordo com o secretário, os suspeitos cobravam uma taxa em dinheiro de até R$ 35 mil, ou sacas de grão, para autorizar que os donos fizessem a colheita da própria plantação.
Em nota, o MST afirma que foi vítima de criminalização por parte do Estado do Paraná. Segundo a nota, o objetivo da operação é prender e criminalizar as lideranças do movimento. O Movimento finaliza a nota dizendo que sempre atuou de forma organizada e pacífica para que a Reforma Agrária avance no Paraná.
O Partido dos Trabalhadores (PT) também emitiu nota dizendo que sempre apoiou o Movimento Sem Terra e que repudia qualquer tentativa de criminalização dos movimentos sociais. A nota reforça ainda a necessidade de um criterioso esclarecimento a respeito das investigações desta operação.
Fonte: CBN Curitiba