A Polícia Federal chegou, finalmente, ao topo da pirâmide do poder em Vilhena: foi preso nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira, 10, o prefeito Zé Rover (PP). A ação que culminou na captura do mandatário foi comandada pelo delegado Bruno Zane Santos, atual chefe da DPF de Vilhena, com apoio dos agentes do Escritório de Inteligência da instituição na cidade.
A prisão mobilizou grande aparato policial. O FOLHA DO SUL flagrou homens e viaturas no Paço Municipal e também na casa de Rover, cuja rua de acesso foi fechada para o tráfego.
Rover será ouvido ainda hoje e, após isso, mandado para a Casa de Detenção, onde já estão presos o vice-prefeito Jacier Dias (PSC) e quatro dos cinco vereadores acusados pela PF de participação um esquema de extorsão contra empresários para aprovar loteamentos na Câmara.
Uma fonte do FOLHA DO SUL diz que são duas as motivações para a prisão de Rover: obstrução das investigações e ocultação de patrimônio. O site não conseguiu apurar, no entanto, se o prefeito estava atrapalhando o trabalho da PF através da coação a testemunhas ou se vinha destruindo provas de sua participação em crimes.
Quanto aos bens que o mandatário estaria escondendo, e que seriam produto de atividades ilegais, a relação deles, bem como sua localização, não foram divulgados.
E A DELAÇÃO?
Advogados garantem que o líder vilhenense já havia começado a negociar com as autoridades uma delação que pode reduzir sua pena em caso de condenação. O acordo não foi fechado porque o próprio Rover estaria tentando “livrar a cara” de alguns aliados, bem como minimizando seu próprio envolvimento nas práticas ilícitas.
Como lhe restam poucas alternativas para amenizar sua situação, Rover deverá aceitar fazer a delação, revelando figuras graúdas dos meios políticos e empresariais que teriam pago ou recebido propinas em sua gestão.
Fonte:Folha do sul