(ANSA) – O presidente recém eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que os manifestantes dos protestos contra ele que estão acontecendo há algumas noites no país não devem ter “medo” em relação ao futuro do país, durante uma entrevista à emissora norte-americana “CBS”. “Eles protestam contra mim porque não me conhecem, mas eu lhes digo para não terem medo, vamos trazer nosso país de volta”, ressaltou o magnata novaiorquino em sua primeira declaração pública sobre a onda de manifestações em diversas cidades dos EUA desde a última quarta-feira (9), quando o resultado das eleições presidenciais do país foi divulgado. No entanto, disse que se Hilary tivesse vencido as coisas iam ser diferentes. “Se Hillary tivesse vencido e os meus eleitores fossem protestar, todos diriam ‘oh, isso é terrível”, afirmou o milionário também comentando que que existem “dois pesos e duas medidas” quando se trata dele e da sua rival democrata.
Além disso, na entrevista, Trump disse aos seus apoiadores e eleitores que “parem” com os ataques que estão sendo feitos a negros, gays e latinos desde que ele foi eleito. “Estou muito surpreso em ouvir isso, odeio sentir isso. Se isso ajuda, vou dizer e vou dizer direto para as câmaras: parem com isso”, afirmou o novaiorquino. No entanto, o futuro presidente norte-americano disse que acredita que se trate de “um número pequeno” de eleitores que façam ofensas a minorias.
Declaração foi feita pouco tempo após o empresário ter reafirmado que realmente construirá um muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México e que deportará “imediatamente” entre 2 e 3 milhões de imigrantes clandestinos com antecedentes criminais.
O próximo presidente norte-americano também anunciou que nomeará um juiz “pró-vida”, ou seja contra aborto, e “pró segunda emenda”, que permite o direito de autodefesa com armas, para Suprema Corte dos EUA. Além disso, Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, se falaram por telefone pela primeira vez nesta segunda-feira (14) e, na conversa, o mandatário asiático afirmou que a “cooperação” bilateral “é o único caminho possível”.
Os dois líderes também falaram sobre a importância dos dois manterem um contato mais próximo, sobre a criação de uma parceria de trabalho entre os dois países e de “se encontrar pessoalmente o mais rápido possível” para discutir e tratar dos problemas de interesse comum. Essa conversa entre Trump e Xi Jinping aconteceu após o norte-americano ter, em sua campanha eleitoral, acusado a China de comércio desleal e manipulação da sua moeda. (ANSA)