O governo de Rondônia aguarda para os próximos dias, a entrega de nova remessa de insulina. O medicamento é ofertado pelo Estado, através da Diretoria de Gestão e Assistência Farmacêutica (DGAF), órgão ligado á Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). De acordo com estatísticas da Sesau, mais de 300 pacientes são atendidos pelo Estado com o medicamento de forma gratuita, pelo Sistema Único de Saúde.
De acordo com a DGAF, o atraso para a entrega do medicamento, de alta complexidade e fundamental para doentes com diabetes, principalmente o tipo 1 – o mais agressivo -, foi provocado pela indústria, que teve dificuldades para atender o crescimento da demanda em todo o país.
O governo já fez sua parte. Licitou, empenhou. Espera agora pela entrega do medicamento. A distribuição da insulina para tratamento é realizada com base na portaria 483/2013. Nela consta Protocolo Clínico, Diretrizes Terapêuticas dos Análogos de Insulinas, no âmbito estadual. Ou seja, determina as normas para a liberação do medicamento.
De acordo com a DGAF, a procura pela insulina cresceu 44,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Os pacientes recebem com Insulina Glargina e Insulina Lispro, informa a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).
No ano de 2016 o investimento estadual para a manutenção destes tratamentos até a presente data, esta na ordem R$ 376 mil. O atraso na entrega pela indústria atinge os estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraíba, Rondônia, entre outros. A expectativa é que o produto seja entregue ao governo nos próximos dias.
QUASE NOVE MIL PACIENTES
Em Rondônia, quase nove mil pacientes são atendidos por ano na Policlínica Oswaldo Cruz (POC) –referência no atendimento de alta complexidade. De acordo com o setor de estatísticas da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), 1.138 pacientes são atendidos por mês na especialidade de endocrinologia, área da medicina que cuida dos transtornos das glândulas endócrinas. As glândulas endócrinas são órgãos que secretam substâncias no sangue, conhecidas como hormônios, entre eles o diabetes.
A POC recebe pacientes de todos os municípios de Rondônia, do Sul do Amazonas – Humaitá e Apuí -, do Acre, e do Mato Grosso. Deste total, 60% são pacientes portadores de diabetes. De acordo com a médica Carolina Martins, o diabetes vem crescendo muito entre crianças e adolescentes.
O avanço da doença nesta faixa etária está diretamente ligada ao hábito alimentar – consumo grande refrigerantes, produtos industrializados -, à falta de exercícios físicos e por uma questão de genética. Se há na família histórico de casos, maior a probabilidade da criança nascer com diabetes, o tipo 1 ou adquirir a doença, tipo 2.
Fonte:SECOM