Chegou a data que muitos consumidores aguardavam. Nesta sexta-feira (25/11), lojas em todo o país participam da Black Friday, um dia dedicado a derrubar preços e presentear os clientes com belos descontos. Em tempos de crise, quando todos buscam formas de cortar gastos, a data ganha um atrativo ainda maior.
Uma pesquisa do Google realizada em parceria com o Ibope mostra que 89% dos brasileiros pretendem fazer compras nesta sexta-feira. Deles, 47% já pensam em antecipar os presentes de Natal. Mais: a esmagadora maioria (91%) vai comprar online.
A Ebit, empresa de dados sobre o varejo eletrônico, estima que a Black Friday impulsione faturamento do e-commerce no período de 15 de novembro a 24 de dezembro para R$ 8,4 bilhões — R$ 1 bilhão a mais do que em 2015. O tíquete médio deve subir 9% e ficar em R$ 458.
Embora seja bom ficar atento às melhores oportunidades para aproveitar ao máximo a data, é preciso tomar cuidado no meio de tanta euforia. Afinal, ninguém quer perder dinheiro quando o objetivo é justamente economizar. Época NEGÓCIOS aponta dicas e ferramentas para você não cair em ciladas:
1. Cadastre-se nos sites das lojas, mas use o e-mail com cuidado. Tem uma marca favorita? É provável que ela vá enviar promoções para os clientes. Vá ao site dela e se cadastre para receber avisos de descontos. Mas fique de olho nas mensagens que chegam. A caixa de entrada costuma ficar repleta de promoções na Black Friday. Lojas de verdade não costumam pedir informações pessoais nas mensagens. Se achar o conteúdo suspeito, não clique nem informe seus dados.
2. Certifique-se de que o endereço do site é seguro. A Serasa Experian recomenda, antes de inserir seus dados ou efetuar uma compra, verificar se a página tem um certificado de segurança — que criptografa as informações enviadas. Os endereços protegidos começam com “https”. Em alguns navegadores, ele aparece em verde, inclusive. A Serasa também recomenda cuidado ao se conectar. É preciso evitar fazer transações financeiras utilizando redes públicas de internet. Exemplo: o wi-fi da cafeteria. E, ao deixar o site da loja, não se esqueça de sair de sua conta.
3. Compare os preços de maneira prática. Uma startup chamada Baixou, especializada em ferramentas para a internet, monitora a variação de preço de mais de 3 milhões de produtos no varejo do país. Ela criou um plugin para navegadores — o Baixou Agora — que avisa se aquele preço que você está vendo é o menor entre as lojas virtuais. Ajuda a comparar valores sem ter de ficar visitando um monte de sites.
4. Economize… tempo. É mais prático ver promoções de várias lojas no mesmo lugar. Lançado em 2014, o Promobit é um dos sites que se propõe a isso. Agrega diversas ofertas de 23 categorias de compras, como cosméticos, vestuário, eletroeletrônicos e mobiliário. A EconoVia é outra dessas plataformas. O site renovará os preços de todos os itens em tempo real durante a Black Friday. Usuários cadastrados poderão definir ainda quanto estão dispostos a pagar por determinado produto e receber um alerta quando o preço entrar naquela faixa.
5. Converse com a Black Friday pelo Facebook. Sim, no chat mesmo. O site Blackfriday.com.br vai oferecer um serviço de consulta e compra de produtos via robô no Facebook. O consumidor também pode receber notificações pela rede social sobre novos descontos. A expectativa é que 2 milhões de pessoas utilizem o recurso. Basta começar a conversa no chat perguntando sobre um determinado produto ou promoção.
6. Use cupons de desconto. Eles tornam as ofertas ainda mais convidativas. O Cuponomia anunciou que fará uma lista dos produtos com menor preço no dia da Black Friday — dá para se cadastrar no site para receber as atualizações. O agregador de descontos SaveMe, por sua vez, diz que oferecerá aproximadamente 2 mil códigos promocionais e promoções relâmpagos de mais de 100 e-commerces. Já no CupoNation o usuário pode decidir se vai fazer sua busca pelo nome da loja ou pela categoria do produto — o site tem uma aba exclusiva para a Black Friday.
7. Mantenha-se longe de sites não recomendados. Em sua página, o Procon disponibiliza uma lista das sites não recomendados para compras na internet. Vale fugir de lojas de que muitos consumidores já fizeram reclamações.
8. Fique de olho no Reclame Aqui. Velha amiga dos consumidores, a ferramenta permite reclamar de compras ou serviços. As empresas podem responder com seu posicionamento oficial. Mesmo que você não tenha uma reclamação a fazer, vale dar uma olhada sobre o que estão falando da loja onde você quer fazer a sua compra.
9. Procure o “selo de sinceridade”. Você fica em dúvida se pode mesmo acreditar na avaliação de outros internautas nos sites de compras? É normal. Afinal, o que impede a loja de ter inventado aqueles comentários tão elogiosos? A Trustvox é uma empresa que criou uma solução para o problema. Desenvolveu uma certificadora de reviews, que assegura a veracidade do conteúdo. A ideia é aumentar a confiança do consumidor. Grandes varejistas estão entre os clientes.
10. Anote o número da compra. Fernando Shine, um dos sócios da empresa de tecnologia Yourviews, recomenda (mesmo que o site seja confiável) salvar a transação que foi feita ali. Servirá como resguardo para qualquer eventual problema. Mais tarde, também é preciso checar se o produto veio com nota fiscal, para evitar uma dor de cabeça no futuro.
11. Prefira o cartão de crédito. Tom Canabarro, co-fundador do sistema antifraude Konduto, defende que esta é a forma de pagamento mais segura para efetuar compras na internet. O cliente sempre estará protegido, já que pode solicitar o estorno. A mesma proteção não se aplica nos boletos: uma vez pago, os bancos se eximem de qualquer risco.